Belo Horizonte também vai contar com a presença da italiana, que estará na capital mineira em algumas oportunidades, na Casa diPraia, para realização de clínicas. Nicole fica no Brasil até março, aproveitando este tempo para participar de torneios importantes. Após isso, ela volta para a Europa antes de retornar ao Brasil em abril ou maio.
O Flashscore realizou entrevista exclusiva com a jogadora, que sabe que está no lugar certo para desenvolver seu jogo e repassar sua experiência para uma grande leva de jogadores (as) que fazem parte da comunidade recente, mas já representativa, do beach tennis em solo brasileiro. Confira!
Por que a decisão de ter o Brasil como base?
A maioria dos torneios é no Brasil e, neste momento, é o melhor lugar do mundo para o nosso esporte. Meu treinador, Alessandro Buccelli, mora em São Paulo. Fica mais fácil para mim treinar com ele no Brasil.

Fica surpresa ao ver maior parte dos seus seguidores vindo do Brasil? (nota: 73,9% dos seguidores da italiana no Instagram estão no Brasil)
Não, não estou surpresa. Atualmente, o Brasil é o país com mais jogadores do mundo. Foi muito emocionante a primeira vez que estive aqui. Muitas pessoas pediam fotos e autógrafos.
Quais as diferenças da escola italiana para a brasileira?
Acho que a escola brasilera é mais focada em volume de jogo. A escola italiana foca mais na parte técnica e tática.
Itália tem vivido um crescimento do beach tennis como no Brasil?
O esporte nasceu na Itália mas agora não tem crescimento como no Brasil. Por lá, o esporte está parado, o padel (modalidade parecida com o beach tennis, mas jogada indoor e em quadras de cimento) é a nova moda.

Quais os motivos para o beach tennis crescer tanto no Brasil nos últimos anos?
Acho que o período de Covid ajudou muito, as pessoas só podiam jogar beach tennis. Também é um esporte muito fácil de aprender, então todos se divertem jogando, mesmo na primeira vez. Certamente foram muitos torneios e muitos investidores que fizeram a diferença e estão ajudando no crescimento do nosso esporte.
Em que a modalidade pode crescer ainda mais por aqui?
Acredito que, para o nosso esporte crescer, precisamos torná-lo um esporte mais profissional. Precisamos de patrocinadores e investidores dispostos a apostar no beach tennis. Acho que um grande passo é poder chegar aos Estados Unidos.
Algo do Brasil que pode servir de exemplo para a Itália e vice-versa?
Acho que antigamente, quando o esporte nasceu, a Itália poderia ter sido um exemplo para o Brasil, mas agora, sem dúvida, é absolutamente o contrário. E não é por acaso que todos os italianos vieram para cá.
