Os auditores do tribunal definiram a sentença nesta quinta-feira (4) por quatro votos a um. Cabe recurso.
Além do gancho, Bruno Henrique sofreu uma multa de R$ 60 mil. O atacante do Flamengo escapou de uma punição maior porque foi absolvido da acusação de "atuar, deliberadamente, de modo prejudicial à equipe que defende", com base no artigo 243 do Código de Justiça Desportiva.

O STJD considerou Bruno Henrique culpado no artigo 243-A, que fala sobre "atuar, de forma contrária à ética desportiva, com o fim de influenciar o resultado de partida, prova ou equivalente". O jogador do Flamengo recebeu a pena máxima nesse critério, de 12 jogos de suspensão.
Caso houvesse condenação no artigo 243, Bruno Henrique pegaria um gancho de 360 a 720 dias.
A punição do STJD vale apenas para competições nacionais. Com isso, Bruno Henrique está liberado para atuar pelo Flamengo na Libertadores. Ele vai desfalcar a equipe no Brasileirão até as rodadas finais.
Entenda o caso
A investigação da Polícia Federal constatou que Bruno Henrique forçou o cartão amarelo contra o Santos porque ele havia antecipado o que faria a seu irmão, Wander Nunes Pinto Junior, por meio de mensagens no WhatsApp.
Com a informação, Wander realizou apostas na véspera da partida com a própria conta e a de sua esposa. O irmão de Bruno Henrique também repassou a dica a amigos para que eles realizassem apostas, obtendo vantagem indevida em detrimento dos interesses das operadoras.

Réu na Justiça
Em julho, Bruno Henrique virou réu na Justiça do Distrito Federal pela acusação de fraudar resultado de competição esportiva. Caso seja condenado, o atacante pode pegar de dois a seis anos de prisão.
O irmão de Bruno Henrique, Wander Nunes Pinto Junior, também é réu pelo mesmo caso.