"A campanha tem como objetivo engajar a imensa torcida rubro-negra em torno de um movimento simbólico", informou o Fla, que pede para seus torcedores assinarem uma petição online para “apoiar a causa”.
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“O reconhecimento pela ONU, ainda que em caráter simbólico, seria a validação internacional de um fenômeno que já se manifesta no Brasil e em todo o mundo".
O que diz a ONU
As Nações Unidas reconhecem petições de grupos ou indivíduos, mas basicamente para questões de direitos humanos ou quando algum Estado viola direitos de tratados internacionais.
Outro detalhe é que o envio de uma petição à ONU não existe. É necessário que os pedidos sejam endereçados a órgãos específicos nas Nações Unidas, ou para o Alto Comissariado para os Direitos Humanos (OHCHR), que encaminha a petição para o comitê apropriado.
Para apresentar uma requisição deste tipo, o Flamengo deve primeiro esgotar todos os recursos disponíveis no Brasil. Em seguida, precisa detalhar como o fato de não ser reconhecido como "nação” viola os direitos humanos dos rubro-negros.

Uma saída para o Fla seria escrever uma carta formal ao Secretário-Geral ou a um órgão específico – em vez de pedir uma petição –, tentando argumentar a relevância do assunto.
É possível que as agências envolvidas na criação da campanha não tenham pesquisado como se protocola um pedido às Nações Unidas.
Embora não deixe claro em suas postagens, o Flamengo admite no fim de sua nota oficial que tudo não passa de uma jogada de marketing.
“A agência Quintal foi responsável pela estratégia de conteúdo e criação de seus desdobramentos nos diversos meios. A campanha foi apresentada com pronunciamento de Zico, transmitido pela FlamengoTV, e se desdobra em ativações digitais, conteúdos multiplataforma e ações de engajamento, posicionando o clube em diálogo com cases internacionais de marketing esportivo e cultural", afirmou o clube.