Na sequência de uma declaração do presidente da FIFPro, Sergio Marchi, que criticou a escolha do organismo de cúpula do futebol mundial em “continuar a escolher aumentar os lucros à custa dos corpos dos jogadores e da sua saúde”, Joaquim Evangelista, que faz parte do conselho mundial do organismo internacional, juntou-se à crítica.
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“A total ausência de diálogo com a FIFPRO e tomada de posições unilaterais, sem promover a concertação social, abusando de uma posição dominante, já tinha merecido a reprovação do Tribunal de Justiça da União Europeia, na decisão do ‘caso Diarra’”, lembra Evangelista, citado em comunicado.
Segundo o líder do SJPF, “quaisquer medidas legais que venham a ser tomadas” para proteger os jogadores são legítimas.
Marchi considerou uma “ficção” a narrativa veiculada pelo presidente da FIFA, Gianni Infantino, de que Copa do Mundo de Clubes tenha sido um sucesso, e Evangelista considera que esta competição, ganha no domingo pelo Chelsea, contribui para um “calendário congestionado que compromete a melhor performance, saúde e bem-estar dos jogadores de elite”.
O conselheiro ainda afirma que a competição bate de frente com o “exercício de direitos fundamentais” humanos, como o das férias.
As críticas surgem um dia depois da FIFA ter anunciado um acordo com várias organizações representativas de jogadores sobre a necessidade de descanso dos jogadores, de pelo menos 72 horas entre jogos, e um período mínimo de férias entre duas temporadas.
A instituição não divulgou com quem se reuniu, mas a FIFPro ficou de fora. O SJPF lamente a falta de diálogo entre as partes, já que o evento enfrentou críticas devido à sobrecarga de jogos.