FIFA define, nesta sexta (17), a sede da Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2027 com Brasil na disputa

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Mais
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Brasil ou o trio Alemanha, Bélgica e Holanda: quem fica com a Copa Feminina 2027?

Infantino participa do 74º Congresso da FIFA
Infantino participa do 74º Congresso da FIFAAFP PHOTO / ROYAL THAI GOVERNMENT
Brasil ou a candidatura conjunta de Alemanha, Bélgica e Holanda? A FIFA vai definir, nesta sexta-feira (17), a sede da Copa do Mundo Feminina da FIFA 2027, em um congresso em Bangkok, onde a guerra em Gaza também será discutida pela primeira vez por iniciativa da Palestina.

Depois da edição organizada pela Austrália e Nova Zelândia em 2023, vencida pela Espanha, a Copa do Mundo feminina pode optar pelo Brasil e desembarcar pela primeira vez na América do Sul.

O país continental, terra de lendas como Marta e Formiga, começa como ligeiro favorito devido à sua melhor pontuação técnica (4,0/5 contra 3,7/5), de acordo com os especialistas do órgão.

O relatório de avaliação destacou os benefícios "prodigiosos" para o futebol feminino da realização da competição na América do Sul.

O dossiê brasileiro inclui 10 estádios que já foram usados para a Copa do Mundo masculina em 2014, incluindo o Maracanã, onde seriam disputadas a partida de abertura e a final. Alguns precisariam de reformas, em especial a Arena da Amazônia, em Manaus, um "elefante branco" que está sem uso há 10 anos.

A candidatura brasileira deve enfrentar a crise institucional latente no país, com o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, sendo demitido em dezembro e retornando ao cargo em janeiro, em ambas as ocasiões por decisão judicial.

Fortalecimento da luta contra o racismo

As suspeitas de interferência estatal levantaram a ameaça de sanções da FIFA e da CONMEBOL.

A candidatura europeia da Bélgica, Alemanha e Holanda propõe um torneio mais compacto, enfatizando que a pegada de carbono seria reduzida devido às ligações ferroviárias entre cada local.

No entanto, a Alemanha já sediou o torneio, como única anfitriã, em 2011, e a recente realização de uma edição europeia - França em 2019 - poderia diminuir as aspirações do trio devido ao princípio tácito de rotação entre continentes.

O Signal Iduna Park, em Dortmund, e a Johan Cruyff Arena, em Amsterdã, estão na disputa para sediar a final.

Durante algum tempo na disputa e já co-sede da Copa do Mundo masculina em 2026 com o Canadá, os Estados Unidos e o México retiraram sua candidatura conjunta em abril para se concentrarem na edição de 2031.

O 74º Congresso da FIFA, o primeiro a ser realizado em Bangcoc, capital da Tailândia, um país apaixonado pelo futebol inglês, também discutirá o racismo.

A situação em Gaza será discutida

O Congresso também discutirá o conflito na Faixa de Gaza, a pedido da Associação Palestina de Futebol (PFA), que está pedindo sanções contra os times israelenses por causa das "graves violações dos direitos humanos cometidas por Israel", de acordo com uma carta enviada em meados de março.

A proposta provocará o primeiro debate dentro de uma grande organização esportiva sobre as consequências da guerra, que começou em 7 de outubro, após um ataque do movimento islâmico palestino Hamas no sul de Israel.

O Comitê Olímpico Internacional (COI) não tratou do conflito, confiando na coexistência, desde 1995, dos comitês olímpicos nacionais de Israel e da Palestina, uma solução de "dois estados" herdada do processo de paz de Oslo e também adotada pela FIFA desde 1998.

A PFA denuncia uma série de violações dos estatutos da FIFA pela Federação Israelense (IFA), que vão desde as consequências diretas dos bombardeios em seu território - "pelo menos 92 jogadores de futebol foram mortos" em meados de março e toda a infraestrutura esportiva de Gaza foi destruída - até a ausência de uma luta séria contra a "discriminação e o racismo" contra os palestinos. Esse item da pauta não será colocado em votação, informou a FIFA.