"O VAR é a contribuição para o esporte da qual menos me orgulho", disse Hawkins, fundador da empresa Hawk-Eye, que criou árbitros de vídeo para mais de uma dúzia de esportes.
"Minha ideia de tecnologia no esporte é que os árbitros não sejam notados. Todo o objetivo de um bom árbitro é não ser notado e manter a arbitragem fora da história do jogo", acrescentou ele.
Após anos de polêmicas com o "Video Assistant Referee" no futebol, muitos países estão se voltando contra a ferramenta. Suécia e Noruega, por exemplo, já discutem abolir o VAR, enquanto a FIFA estuda novas alterações para seu uso.
Sugestões de melhoria
No entanto, Hawkins tem ideias para melhorar a implementação de sua invenção. "Poderia-se introduzir um sistema de desafio que não incluísse decisões preto no branco como o impedimento", disse ele, se referindo ao challenge do críquete, da NFL e do tênis.
Além disso, Hawkins defende "especialistas em VAR" em vez de árbitros para comandar a tecnologia durante os jogos.
"Mesmo que alguém tenha apitado apenas na quarta divisão, essa pessoa pode ser um bom árbitro de vídeo", explicou o matemático, que pede também mais comunicação nos estádios "para que os torcedores não fiquem completamente no escuro".
"Os impedimentos foram estabelecidos para impedir a banheira. Mas e se não houver impedimento no último terço? Isso poderia criar um pouco mais de espaço e talvez tornar o jogo melhor", opinou.
"Se você é pego ligeiramente impedido em uma bola cruzada dentro do último terço do campo, isso não tem nada a ver com estar na banheira. O hóquei no gelo faz isso muito bem", concluiu.