Com pouco tempo de preparação após chegar em maio vindo do Real Madrid, o treinador italiano aposta no espírito de grupo e no talento individual para superar os desafios com a Copa do Mundo na América do Norte se aproximando no próximo ano.
Falando antes do amistoso do Brasil contra a Coreia do Sul nesta sexta-feira, em Seul, Ancelotti disse que a falta de treinos com o grupo completo dificultou o desenvolvimento tático.
"Acredito que é preciso trabalhar mais a parte tática para aprimorar a estratégia de jogo. Tudo isso pode ser muito importante, mas o mais importante não é a estratégia, e sim a atitude dos jogadores em campo. Para isso, não é necessário muito tempo de preparação," afirmou Ancelotti em entrevista coletiva.
Nos seus quatro primeiros jogos no comando, Ancelotti alternou entre o esquema 4-2-4, que rendeu vitórias sobre o Paraguai e o Chile, e o sistema 4-3-3, utilizado no empate com o Equador e na derrota para a Bolívia na altitude de 4.100 metros de El Alto, no mês passado.
Satisfeito com início de trabalho
Apesar dos resultados variados, ele demonstrou satisfação com a organização defensiva do Brasil. "Gostei muito do desempenho defensivo do time em junho e setembro. O time se defendeu muito bem – compacto, unido, comprometido, intenso," disse Ancelotti.
"Onde o time precisa evoluir é com a posse de bola. O time tem que mostrar a qualidade individual que possui, e temos muita qualidade", afirma. "Você pode jogar com quatro, três ou cinco no ataque, mas o que importa é a qualidade apresentada em campo. O que mais me agrada é o ambiente do grupo. É muito positivo por causa da atitude e do profissionalismo dos jogadores."
Ancelotti também destacou que o time precisa estar unido para conquistar o tão sonhado hexacampeonato mundial.
"Cada um de nós pensa no objetivo, que é muito claro: temos que ganhar a Copa do Mundo, não ser o melhor jogador do mundo. Quero jogadores que pensem em estar na Copa para vencer, não para serem os melhores," completou.
O Brasil fará outro amistoso contra o Japão no Estádio Ajinomoto, em Tóquio, na terça-feira (14).