Essa é a mais recente tentativa da A22 Sports, empresa que tenta empurrar a criação de uma liga alternativa de supertimes, de fazer sua competição decolar depois que a Superliga Europeia (ESL) foi enterrada.
Apoiada por 12 dos maiores clubes do continente, a Superliga morreu logo após ser lançada de forma polêmica em 2021.
Ao contrário do plano original, que garantiam aos 12 clubes mais ricos um lugar cativo na ESL, a A22 diz que agora quer um formato com 96 clubes divididos em quatro divisões.
A empresa também prometeu streaming gratuito para os torcedores em sua própria plataforma e um retorno ao jogos em casa e fora, abandonado na renovada fase de grupos da Liga dos Campeões.
"Uma característica fundamental é um sistema de qualificação revisado no qual a participação do clube é baseada no desempenho anual da liga doméstica", disse a A22 em um comunicado na terça-feira.

O CEO da A22, Bernd Reichart, disse que a nova competição ajudaria a enfrentar os desafios do futebol, como o aumento dos custos de assinatura para os torcedores, o investimento insuficiente no futebol feminino e a insatisfação com o formato e a governança das atuais competições.
"Estamos convencidos de que, com nosso formato meritocrático e compatível com o calendário, temos o direito de estabelecer essa competição, conversar com os clubes e começar a implementá-la", disse Reichart à agência Reuters em Madri.
O formato da Unify League
O novo campeonato incluiria 32 clubes em uma liga chamada de "Star and Gold", 32 em uma liga chamade "Blue" e outros 32 em na liga "União".
Os jogos do grupo seriam realizados de setembro a abril, seguidos por um playoff com oito clubes.
Ganho na Justiça
O Tribunal de Justiça da União Europeia decidiu em dezembro passado que a UEFA abusou de sua posição dominante ao bloquear os planos iniciais para a ESL em 2021.
A UEFA ameaçou com sanções contra qualquer clube que se juntasse a uma liga separatista e uma reação feroz dos torcedores fez com que nove dos 12 clubes originais, incluindo todos os seis clubes da Premier League, se retirassem do projeto.
"Naquela época, ela foi enquadrada como uma liga separatista fechada, o que nunca foi, mas essa foi a narrativa que provavelmente causou e criou os maiores argumentos contra a iniciativa ao longo dos últimos anos", disse Reichart.

O empresário disse que o ganho no tribunal lhes deu confiança para voltar a se envolver com o plano. O único clube ainda abertamente alinhado com a A22 é o Real Madrid.
A LaLiga rejeitou, porém, a tentativa da A22 de ressuscitar a nova competição, dizendo que ela serviria a "poucos elitistas" e "destruiria a economia das ligas nacionais".
"O projeto continua sem o apoio de clubes, federações, jogadores, torcedores, governos nacionais e instituições europeias", disse a liga espanhola em um comunicado.