No domingo, os hermanos entram em campo para buscar a taça da Copa do Mundo, que veio pela última vez em 1986, justamente com Maradona, o 10 e capitão eterno da Albiceleste, levantando o maior símbolo do futebol mundial. Caso a vitória venha, uma espera que pareceu eterna de 36 anos chegará ao fim, agora com um outro 10 com a braçadeira e correspondendo ao status de ídolo eterno de uma nação inteira, sedenta por "la tercera".
Apesar da ausência física, a presença de Diego parece ser constante no elenco argentino. Ao final de cada partida que encaminhou a vaga para a decisão, os jogadores cantaram juntos da torcida a canção que se tornou conhecida por homenagear Maradona e por reforçar o desejo de conquistar o Mundial pela terceira vez, sem deixar de alfinetar os rivais brasileiros, que ficaram pelo caminho.
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Na mente, no espírito e no coração de cada argentino que entra em campo, Maradona parece estar fazendo sua parte, servindo de motivação e inspiração para que um novo 10, tão gênio quanto ele, possa repetir em breve o desejado gesto de mirar a taça para os céus. Um olhar pra cima de alguns deles, caso a Copa venha, não será um gesto incomum, sabendo que Don Diego teve sua parcela de contribuição para uma espera eterna chegar ao fim.
Lá de cima, Diego estará em êxtase, contemplando e admirando os novos ídolos, que chegarão ao mesmo status que ele de campeão do mundo. Menos mal que a nova geração argentina, que não teve a chance de ver Diego com a bola nos pés, agora tem a chance de ter acesso a um outro ídolo, também camisa 10 e capitão, canhoto e tão espetacular quanto.
A sonhada conquista, se for confirmada no domingo, certamente terá Maradona como principal homenageado, sem deixar de lado a lamentação por não ter o ídolo eterno de corpo presente para sentir o reconhecimento de toda uma nação apaixonada por futebol. Já imaginaram o que seria Maradona e Messi comemorando juntos com a taça da Copa em mãos na chegada a Buenos Aires? Seria épico, histórico, monumental.
Melhor tentar não entender os caminhos que a bola dá e tentar, como os argentinos gostam de dizer, desfrutar ao máximo da oportunidade de estar tão perto do que se transformou em uma obsessão. Maradona estará nas canções, na lembrança e no peito para fazer o time repetir uma conquista que não aparece há quase 40 anos, que surge como um grande espaço prestes a ser preenchido por quem sabe, como poucos, reconhecer, homenagear e idolatrar seus ídolos, antes e após a morte.