O Brasil vai ao Mundial com 56 atletas — 31 mulheres e 25 homens. Os destaques brasileiros em Budapeste são praticamente os mesmos que já brilharam em Eugene no último ano. A maior esperança é o medalhista olimpico e campeão mundial Alison dos Santos, nos 400m com barreiras.
Além dele, podem beliscar uma medalha na Hungria: Darlan Romani no arremesso de peso; Letícia Oro Melo no salto em distância; o revezamento 4x100m rasos masculino; e Caio Bonfim e Érica Sena, ambos na marcha atlética.

A ausência mais sentida na delegação brasileira será de Thiago Braz, campeão olímpico na Rio 2016 e bronze em Tóquio 2020. O atleta do salto com vara foi suspenso provisoriamente por doping e aguarda julgamento. Caso seja condenado, ele poderá pegar uma suspensão de até quatro anos. Braz nunca conquistou uma medalha em Campeonatos Mundiais Outdoor.
Duelo entre Alison e Warholm
A prova que mais interessa ao torcedor brasileiro é, sem dúvidas, a dos 400m com barreiras, em que Alison dos Santos é o atual campeão mundial. Além disso, o duelo entre Alison e o norueguês Karsten Warholm chama a atenção de todo o mundo. Os dois venceram os últimos dois Mundiais (Warholm em 2019 e Alison em 2022) e estiveram no pódio olímpico em Tóquio.
Sem Warholm em boa forma em 2022, o brasileiro foi absoluto e conquistou o ouro na pista de Eugene. Agora, após se recuperar de uma lesão no início do ano, Alison tenta provar que pode vencer o norueguês novamente.
Lyles quer repetir Bolt
Atual bicampeão mundial dos 200m rasos, o norte-americano Noah Lyles chega a Budapeste com o objetivo de vencer os 100m e os 200m no mesmo Mundial. O feito foi atingido pela última vez em 2015, no Mundial de Pequim, pelo jamaicano Usain Bolt.

Além das medalhas de ouro, Lyles está prometendo bater ou se aproximar das fortíssimas marcas de Bolt nas duas provas (9.58 nos 100m e 19.19 nos 200m). O velocista compartilhou nas redes sociais que realizou 9.65 nos 100m e 19.10 nos 200m rasos em treinamentos — seria recorde mundial na distância mais longa.
Yulimar busca o tetra
A venezuela Yulimar Rojas provavelmente é o grande nome do atletismo feminino neste Mundial de Budapeste. Completamente dominante no salto triplo, ela busca o tetracampeonato mundial da prova. Rojas ainda é a atual campeã olímpica e recordista mundial.

Outro que tentará o quarto título mundial consecutivo é o catari Mutaz Essa Barshim, dono do salto em altura nas últimas edições. Acima dos dois, apenas o polonês Pawel Fajdek, que tentará o hexacampeonato no lançamento do martelo.
Duplantis será batido?
O sueco Armand Duplantis chega para este Mundial sob desconfiança após competir mal na última etapa da Diamond League, em Monte Carlo. Seis vezes recordista mundial do salto com vara, Duplantis foi batido pelo norte-americano Chris Nilsen e só alcançou 5,72 metros, marca muito abaixo dos 6,21m que lhe deram o título mundial em 2022.
Kipyegon e Hassan fazem tira-teima
As provas de fundo e meio-fundo em Budapeste aguardam uma grande batalha entre a queniana Faith Kipyegon e a holandesa Sifan Hassan. Kipyegon é bicampeã olímpica e mundial dos 1.500m; Hassan venceu os 5.000m e os 10.000m em Tóquio, além de ter um título mundial e um bronze olímpico dos 1.500m. As duas duelarão nos 1.500m e nos 5.000m, antecipando o que deve ser uma das grandes rivalidades dos Jogos Olímpicos de Paris 2024.

Onde assistir
Mundial de Atletismo Budapeste 2023
Competições entre 19 e 27 de agosto
Sessões diurnas: diariamente às 3h50 (horário de Brasília), exceto dias 21 e 22 de agosto
Sessões noturnas: diariamente às 13h40 (horário de Brasília)
Transmissão: SporTV (TV fechada)