Daniel Cargnin, medalhista de bronze na Olimpíada de Paris, terminou com a prata ao perder a decisão para o francês Joan-Benjamin Gaba, vice-campeão Olímpico em Paris 2024, na categoria até 73kg.
O outro pódio veio no feminino com Shirlen Nascimento, que fechou com o bronze ao vencer Maysa Pardayeva, do Turcomenistão, na luta decisiva da categoria até 57kg.
Cargnin já tinha no currículo um bronze no Mundial de 2022. A derrota na final foi a única em uma campanha de seis lutas que teve saldo extremamente positivo, recolocando o Brasil em uma final masculina depois de 8 anos.
"A gente costuma dizer que o Mundial, às vezes, é até mais difícil que a própria Olimpíada, porque pode dobrar (atletas) em algumas categorias. Mas, em relação a Los Angeles, acho que agora é manter o pé no chão. No ciclo passado, quando eu medalhei no Mundial, eu já pensei ‘vou medalhar na Olimpíada também`, estava pensando muito no futuro e acabava não aproveitando o presente", cita Cargnin.
"Agora, é aproveitar essa medalha de prata. Lógico, acabei de perder a final, mas estou muito feliz pela postura que eu tive no tatame, a cabeça, me manter resiliente. As derrotas não podem ser o fim do mundo e as vitórias não podem ser o motivo de parar de treinar. Vou botar a cabeça no lugar para tentar ajudar a equipe o máximo possível na disputa por equipes", avaliou Cargnin, que voltará ao tatame no dia 20 para o Mundial por Equipes Mistas.
No caminho do pódio, Shirlen, em seu primeiro Mundial, superou a sul-coreana Mimi Huh, atual campeã mundial e prata olímpica. Sua única derrota veio na semifinal para a japonesa Momo Tamaoki. Aos 25 anos, ela já acumulava dois bronzes em Grand Slams (Abu Dhabi 2024 e Astana 2025).