A mais alta corte de justiça esportiva decidirá sobre as "medidas cautelares" solicitadas pela Federação de Israel, que quer que o CAS imponha à Federação Internacional de Ginástica e à sua contraparte indonésia "garantias sobre a participação da equipe israelense no Campeonato Mundial ou o deslocamento ou cancelamento do evento", disse uma fonte do CAS à AFP.
A Indonésia, o país com a maior população muçulmana do mundo e um forte apoiador da causa palestina, está preparada para receber centenas de ginastas, representando 79 países, para o evento que será realizado de 19 a 25 de outubro.
Na semana passada, no entanto, o governo indonésio anunciou que "não manterá nenhum contato com Israel até que este país reconheça a existência de uma Palestina livre e soberana" e, por esse motivo, não emitirá vistos para os seis ginastas israelenses que participarão do evento.
A Federação Internacional de Ginástica (FIG) apenas "tomou nota" da decisão da Indonésia, mas não confirmou nem negou as alegações da FIG de que havia apoiado a medida na sexta-feira (10).
Punição da FIFA
A federação israelense recorreu ao CAS contra a suposta posição da FIG e os seis ginastas israelenses excluídos entraram com um recurso paralelo para poderem participar da Copa do Mundo.
Em julho de 2023, a Indonésia renunciou a sediar os Jogos Mundiais de Praia e, embora oficialmente tenha dito que foi por motivos orçamentários, a mídia local informou que isso se deveu à relutância do governador de Bali, Wayan Koster, em receber uma delegação israelense.
Em março de 2023, a FIFA retirou a Indonésia da organização da Copa do Mundo Sub-20 depois que Koster e o governador da província de Java Central, Ganjar Pranowo, expressaram sua oposição à participação de Israel.