Após a decisão das autoridades da Indonésia de não concederem visto aos ginastas israelitas, a federação do país recorreu ao CAS para obrigar a federação internacional a "garantir a participação da equipe israelense no Mundial" ou "mudar a localização ou anular o campeonato", pedidos que foram rejeitados pela jurisdição esportiva.
Esses pedidos de liminares "foram rejeitados", disse o CAS sem maiores detalhes em sua decisão, que examinou o caso com urgência, já que a Copa do Mundo começa no domingo (19) em Jacarta.
O CAS ainda examina o mérito de um dos dois recursos apresentados pela federação israelense e os "seis atletas israelenses qualificados" para a Copa do Mundo, incluindo Artem Dolgopyat, campeão mundial em 2023 e medalhista de ouro no solo nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.
A federação do país considera que os estatutos da Federação Internacional de Ginástica (FIG) obrigam seu comitê executivo a "tomar uma decisão" em caso de recusa de visto aos atletas, e que essa falta de decisão "constitui uma negação de justiça, criando assim uma situação de discriminação contra uma federação membro".
A FIG argumenta, segundo declaração do CAS, "que não tem prerrogativa para emitir vistos de entrada para a Indonésia" e que a decisão das autoridades "está completamente fora de sua competência". A entidade também expressou sua esperança de que "seja criado um ambiente onde atletas de todo o mundo possam praticar o esporte com segurança e em paz".
Na última quinta-feira (9), o ministro de assuntos jurídicos e direitos humanos da Indonésia, Yusril Ihza Mahendra, anunciou que seu país, que tem a maior população muçulmana do mundo, "não manterá nenhum contato com Israel até que reconheça a existência de uma Palestina livre e soberana".