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COI repreende Indonésia por vetar israelenses no Campeonato Mundial de Ginástica

Mundial de Ginástica impacta candidatura da Indonésia para sediar Olimpíadas
Mundial de Ginástica impacta candidatura da Indonésia para sediar OlimpíadasReuters / Yara Nardi

O Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou nesta quarta-feira (22) que está interrompendo a negociação por Olimpíadas na Indonésia como sanção pela recusa do país asiático em conceder vistos de entrada para ginastas israelenses que participarão do Campeonato Mundial de Ginástica, realizado em Jacarta.

"Todos os atletas, equipes e dirigentes esportivos que atendam aos critérios de elegibilidade devem poder participar de competições internacionais e eventos esportivos sem discriminação de qualquer tipo por parte do país anfitrião, de acordo com a Carta Olímpica", lembrou o conselho executivo do COI, que se reuniu esta semana, em seu preâmbulo.

Para dissuadir outros países de tomar iniciativas semelhantes, o COI tomou várias medidas contra a Indonésia, uma das quais é "encerrar todas as formas de diálogo com o Comitê Nacional da Indonésia em relação à organização de futuras edições dos Jogos Olímpicos" e outros eventos.

O país asiático havia expressado sua intenção de se candidatar para sediar os Jogos de 2036, para os quais Índia, África do Sul, Catar, Hungria, Turquia e Coreia do Sul também estão interessados.

Decisão firme da Indonésia

O COI também está pedindo às federações internacionais que não concedam a realização de eventos esportivos à Indonésia e convocou tanto o comitê indonésio quanto a Federação Internacional de Ginástica para uma reunião "para discutir a situação que ocorreu".

A Indonésia, o país de maioria muçulmana mais populoso do mundo, não tem relações diplomáticas com Israel e apoia a causa palestina.

O governo indonésio "tem uma política firmemente estabelecida de não manter contato com Israel até que ele reconheça a existência de uma Palestina livre e soberana", explicaram as autoridades indonésias ao justificar a recusa em conceder vistos à delegação israelense em retaliação ao conflito em Gaza.