A última Copa da carreira de Lionel Messi começou da pior maneira possível. A Argentina levou uma virada histórica da Arábia Saudita (2-1) na estreia e viu cair por terra uma invencibilidade de 36 partidas.
Precisando ganhar do México na segunda rodada, o time não melhorou de rendimento, mas venceu por 2 a 0 com um gol salvador do camisa 10 aos 19 do segundo tempo.

Contra a Polônia, a história mudou. Lionel Scaloni trocou algumas peças e modificou a formação de sua equipe, e a Argentina finalmente foi dominante. Com Julián Álvarez no ataque substituindo Lautaro Martínez, Acuña na lateral esquerda no lugar de Montiel, e Guido Rodrígues no meio na função de Enzo Fernández, o time mudou de um 4-4-2 para um 4-3-3 e venceu os poloneses por 2 a 0.

Com duas vitórias, cinco gols marcados e dois sofridos, a Argentina passou como primeira colocada do Grupo C.
Perrengues no mata-mata
Nas oitavas de final, a Albiceleste venceu a Austrália por 2 a 1. O time de Scaloni novamente teve uma boa atuação e a partida foi tranquila até os 32 do 2º tempo, quando os australianos diminuíram com um gol contra de Enzo Fernández – o que quase causou um tango no final.
Nas quartas de final, a Argentina passou pelo seu grande teste no Catar quando pegou a Holanda pelo caminho e protagonizou mais um clássico que entrou para a história dos Mundiais. Após abrir 2 a 0, o roteiro contra a Austrália se repetiu, só que desta vez contra um adversário mais forte. A Holanda diminuiu aos 38 do segundo tempo e conseguiu empatar em uma cobrança de falta espetacular no 11º minuto dos acréscimos.
Nos pênaltis, os argentinos foram fortes mentalmente: converteram quatro cobranças, o goleiro Emiliano Martínez pegou duas e o time de Scaloni se classificou para a semifinal com uma vitória por 4 a 3 nas penalidades.

Curiosidades da Argentina na Copa 2022
• O time de Scaloni não foi vazado em nenhum primeiro tempo até aqui. Os cinco gols tomados saíram na segunda etapa.
• A última vez que os argentinos perderam em abertura de Mundial, eles chegaram até a final (na Copa de 1990).
• A última vez que uma seleção perdeu na estreia e passou pelas oitavas, ela foi campeã do mundo (Espanha em 2010).
• Lionel Messi (4 gols) e Julián Alvárez (2 gols) são os artilheiros do time até aqui.
• Damian Martínez fez 22 defesas e tomou cinco gols.
• Rodrigo de Paul é o maior passador (436), maior corredor (52.35 km percorridos), jogador que mais quebrou linha adversária (94 vezes), jogador que mais se ofereceu para receber a bola (505 vezes) e quem mais pressionou o adversário (149 vezes).
• Se não se contundir (e jogar portanto a final ou a decisão do terceiro colocado), Messi vai igualar o recorde de Lothar Matthäus como jogador que mais entrou em campo em Mundiais: 25 partidas.