"Não cabe aos governos decidir se alguns países participarão ou não de competições internacionais, especialmente dos Jogos Olímpicos", acrescentou Bach em resposta aos países que pedem um boicote se atletas russos e bielorrussos puderem participar de Paris-2024.
"Isso seria o fim das competições esportivas internacionais, dos campeonatos mundiais e dos Jogos Olímpicos como os conhecemos hoje", insistiu o dirigente.
À margem do Campeonato Mundial de Esqui em Courchevel, Bach enfatizou que "falei com vários atletas ucranianos nos últimos meses e muitos deles sabem que compartilhamos sua dor, seu sofrimento e todos os esforços que estamos fazendo para ajudá-los".
"Um relator do Conselho de Direitos Humanos da ONU nos disse que a exclusão de atletas russos e bielorrussos com base apenas no passaporte é uma violação de seus direitos", acrescentou.
"Vimos algumas declarações, vindas dos países bálticos e de outras nações, expressando suas preocupações. Infelizmente, elas não abordam a questão dos direitos humanos, que devemos levar a sério."
O presidente ucraniano, Volodimir Zelenki, pediu repetidamente a exclusão de atletas russos e bielorrussos dos próximos Jogos Olímpicos, algo que o próprio Bach considerou esta semana "contra os princípios fundamentais do movimento olímpico".
No final de janeiro, o COI provocou a ira de vários países ao propor um roteiro para organizar a reintegração de atletas russos e bielorrussos em competições internacionais, das quais foram excluídos após a invasão da Ucrânia pelo exército russo há um ano. Este eventual retorno ocorreria com duas condições: competir em bandeira neutra e não ter "apoiado ativamente a guerra na Ucrânia". "Estamos discutindo isso, mas não estamos falando de Paris (2024) ainda. Estamos falando das competições que serão realizadas este ano. Paris virá depois", concluiu Bach.