Daniel Alves afirmou ao "El Periódico" que seu único compromisso atualmente tem sido apresentar-se à Justiça toda sexta-feira, certificando-se de que está cumprindo a pena e que não fugirá do país.
"É isso o que me cabe. Eu também não tenho muito mais para fazer", declarou Daniel Alves, que qualificou a batalha judicial que atravessa como o maior jogo de sua vida, sem previsão de um "apito final".
O ex-jogador também falou sobre o tempo em que esteve preso. Foram 14 meses em prisão preventiva no Centro Penitenciário Brians 2, em Barcelona. Apesar do encarceiramento, Daniel Alves não mostrou-se intimidado no local, afirmando ao "El Periódico" que adapta-se à qualquer ambiente.
"Onde quer que eu vá, sobrevivo. Eu me adapto a tudo, porque para mim não é o lugar que faz a pessoa, e sim a pessoa que faz o lugar", disse o ex-jogador.
Entenda o caso
Alves foi acusado de estuprar uma jovem em um banheiro da boate Sutton de Barcelona na madrugada de 30 para 31 de dezembro de 2022.
Segundo a acusação do MP, o ato aconteceu em uma área reservada do estabelecimento, onde Alves – que era frequentador assíduo da boate e estava no local com um amigo – teria conhecido a mulher, que estava acompanhada de uma prima e uma amiga.

Depois de convidá-las para tomar um champanhe, o ex-lateral da Seleção Brasileira teria convidado a jovem a seguir para outra área exclusiva, onde ficava o pequeno banheiro, do qual a vítima não tinha conhecimento.
No local, segundo o MP, Alves a agrediu e a forçou a ter relações sexuais, apesar da resistência da jovem.
A promotora Elisabet Jiménez considerou durante o julgamento que a mulher apresentou uma "história absolutamente crível" desde o início das investigações. E destacou que Alves usou a "violência" para forçar a jovem, que "fez o que pôde" para tentar fugir.