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FIA cria regra para limitar manifestações políticas na F1

Vettel e Hamilton protestam no GP da Arábia Saudita
Vettel e Hamilton protestam no GP da Arábia SauditaProfimedia
A Federação Internacional de Automobilismo, a FIA, atualizou suas regras para que "declarações ou comentários políticos, religiosos e pessoais" sejam contidas na próxima temporada em todas as categorias que organiza, incluindo a Fórmula 1.

O Código Esportivo Internacional do órgão sobre "quebra de regras" agora considera uma ofensa "a realização e exibição geral de declarações ou comentários políticos, religiosos e pessoais, notadamente em violação do princípio geral de neutralidade promovido pela FIA".

A FIA rege os campeonatos de Fórmula 1, Mundial de Rally (WRC), Mundial de Endurance (WEC), além de outras categorias.

A partir de janeiro de 2023, quaisquer declarações precisarão ser "previamente aprovadas por escrito pela FIA para competições internacionais ou pela ASN (Autoridade Desportiva Nacional) relevante para Competições Nacionais dentro de sua jurisdição". No entanto, a natureza das punições a uma violação das regras não foi especificada.

Protestos de pilotos cresceram nas últimas temporadas

Nos últimos anos, vários pilotos de Fórmula 1 de alto nível usaram Grandes Prêmios para defender abertamente uma causa, em particular com mensagens em suas roupas ou capacetes.

Em 2020, o heptacampeão mundial Lewis Hamilton vestiu uma camiseta no pódio do Grande Prêmio da Toscana com a mensagem "Prenda os policiais que mataram Breonna Taylor", referindo-se ao assassinato de uma mulher negra nos Estados Unidos. As ações de Hamilton levaram a FIA a revisar suas regras durante as cerimônias pós-corrida.

Em 2021, o alemão Sebastian Vettel vestiu uma camiseta em defesa dos homossexuais durante o Grande Prêmio da Hungria e, mais recentemente, um capacete denunciando a mineração de areias betuminosas do Canadá no Grande Prêmio local.