Segundo o material divulgado pelo ge, o esquema acontecia em shows no estádio do São Paulo e, no episódio específico, no concerto da cantora Shakira, no início de 2025. Nas conversas, Schwartzmann admite que ele e outras pessoas lucraram com a operação.
"O São Paulo Futebol Clube informa que tomou conhecimento do conteúdo do áudio por meio da imprensa e que realizará a devida apuração dos fatos. Com base nessa análise, o Clube adotará as medidas que se mostrarem necessárias. Na manhã desta data, os conselheiros Douglas Schwartzmann e Mara Casares solicitaram licença de seus respectivos cargos na gestão", disse o São Paulo por meio de nota oficial.
Além dos nomes de Douglas Schwartzmann e Mara Casares, também é citado nos áudios Marcio Carlomagno, superintendente do clube e braço direito do presidente Julio Casares na gestão do São Paulo. Segundo Schwartzmann nos áudios revelados pelo ge, foi Carlomagno que Mara Casares recebeu camarote para comercialização no show da cantora Shakira.
O camarote 3A, localizado no setor leste do MorumBis, é o camarote em questão. Em documentos internos do São Paulo, o espaço aparece identificado como “sala presidência”. Situado em frente ao escritório do presidente Julio Casares, o local costuma ser usado para reuniões e entrevistas dentro do estádio.
Entenda o esquema
De acordo com o áudio, o uso do camarote 3A foi repassado pelos dirigentes a Rita de Cássia Adriana Prado, intermediária do esquema e responsável por comercializar o espaço, vendendo ingressos que chegaram a R$ 2,1 mil cada durante o show da cantora colombiana. O faturamento do camarote teria alcançado R$ 132 mil.

Meses depois, o caso se transformou em disputa judicial. A empresa de Adriana entrou com ação contra Carolina Lima Cassemiro, acusando-a de ter retirado, sem autorização, um envelope com 60 ingressos para o camarote no dia da apresentação. Carolina, por sua vez, afirma ter sido enganada e alega prejuízos financeiros e difamação.
Adriana também registrou um Boletim de Ocorrência na 34ª Delegacia de Polícia de São Paulo, e, com o caso já sob investigação judicial, Douglas e Mara passaram a pressioná-la para que retirasse a ação antes que o episódio viesse à tona.
