Filipe foi questionado sobre a escolha por escalar João Victor em um clássico decisivo e por que o garoto não recebeu minutos em um momento mais leve da temporada.
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“Dei os minutos quando eu pude dar os minutos. Nós viemos jogando a nossa vida praticamente todos os jogos lutando pela liderança e não tem tempo para revisar, não tem tempo para dar minutos. A diferença entre os jogadores que estão é muito grande... Os Léos, o Danilo, o nível deles é muito alto, muito alto”, afirmou.

Em seguida, reconheceu o erro no segundo gol tricolor e a necessidade da mudança. “Infelizmente não fez um bom jogo, eu tenho confiança, já vi ele performar, sei o nível que pode dar, mas realmente era um jogo muito, muito difícil. Era, na minha opinião, a melhor opção, e infelizmente ele teve um jogo abaixo", disse o técnico.
Filipe afastou qualquer ideia de falta de mobilização do elenco. “Posso dizer que ânimo e atitude não foi. Os jogadores estavam correndo, executando tudo que pedi na fase defensiva. Voltando para marcar... Que estivemos tecnicamente abaixo não tenho dúvida".
Sobre as escolhas de ataque, Filipe explicou a opção por Cebolinha, que entrou bem na segunda etapa. “Quando um não está tão bem, entra outro para melhorar e potencializar. Estava na minha cabeça a dúvida entre os dois, mas sabendo que o Cebolinha vai potencializar a equipe quando entrar.”
Também comentou mudanças estruturais para tentar gerar mais jogo pelo lado direito, ao substituir Luiz Araújo. “Entendi que o Luiz estava um pouco abaixo na questão de gerar jogo. Coloquei o Carrascal porque ele tem característica de quebrar linhas.”
A ausência de alternativas na defesa também foi tema recorrente, e Filipe foi sincero. “Não tem ninguém. Varela na seleção. Léo Ortiz machucado, Danilo jogou ontem 45 minutos, Viña e Alex Sandro na Seleção. Simples.”

Filipe ainda comentou sobre a lesão muscular de Pedro, sem descartar totalmente o atacante. "Até a véspera em que ele não esteja no campo, acredito que ele possa estar.”
A respeito de estilos de comando à beira do campo, respondeu de forma direta quando questionado sobre técnicos mais ativos: “Se gritar fora do campo ganhasse jogo, o Ancelotti não seria o treinador mais vitorioso da história”.
A derrota no clássico impediu o Rubro-Negro de abrir vantagem maior na liderança, mas a distância para o Palmeiras caiu apenas um ponto após o empate dos paulistas com o Vitória. O Flamengo volta a campo no sábado (22), novamente no Maracanã, para enfrentar o Bragantino.
