Estêvão chegou ao Palmeiras em 2021, aos 13 anos, já com a alcunha de "Messinho".
Ele ganhou o apelido na base do Cruzeiro, seu primeiro clube, onde chamou tanto a atenção que superou Neymar e Rodrygo e se tornou o brasileiro mais jovem a assinar um contrato com a Nike.

Com apenas 15 anos de idade, o jovem atacante já tinha quatro títulos importantes na base do Verdão e foi um dos destaques do sub-17 que conquistou a Copa São Paulo de 2023, o maior torneio juvenil do mundo.
Sua estreia no profissional veio na última rodada do Brasileirão de 2023, quando ele virou o terceiro atleta mais jovem (16 anos e 7 meses) a vestir a camisa do Palmeiras – o recorde ainda é de Endrick (16 anos e 2 meses).
O menino virou adulto em 2024
Neste ano, Estêvão rapidamente não só ganhou espaço no time de Abel, como virou a principal peça do esquema do treinador português após a saída de Endrick.
Seu primeiro gol veio logo na Copa Libertadores, contra o Liverpool do Uruguai, em abril. No mês seguinte, ele começou o Brasileirão já como titular absoluto.

“Acho mesmo que este jogador é diferente de tudo que eu já vi. Um garoto que defende, ataca, se mostra para o jogo", disse o técnico palmeirense após o prodígio anotar um golaço contra o Botafogo-SP, pela Copa do Brasil.
Segundo o lateral Branco, campeão mundial com o Brasil em 1994, Estêvão "é o maior jogador brasileiro desde Neymar".
A primeira convocação para a Seleção, em setembro, não foi portanto uma surpresa. Estêvão fez sua estreia com a amarelinha na vitória de 1 a 0 contra o Equador, pelas Eliminatórias da Copa. Aos 17 anos, ele se tornava o quinto atleta mais jovem da história a jogar pelo Brasil.

Segundo análise do Instituto CIES divulgada nesta semana, o atacante do Verdão é o quarto atleta sub-20 que mais ganhou experiência este ano dentre as principais 60 ligas do planeta.
Ele já alcançou 2.519 minutos jogados em 2024 – número próximo ao de Lamine Yamal (17), atacante do Barcelona.
Melhor que Endrick?
Quando Endrick foi embora, em junho de 2024, a torcida do Palmeiras se viu órfã de um craque, mas Estêvão fez os palmeirenses esquecerem o jogador do Real Madrid em semanas.
Enquanto Endrick conseguiu 21 gols e 4 assistências em 82 jogos pelo Palmeiras, Estêvão já tem 14 gols e 10 assistências em apenas 44 partidas.

Canhoto, Estêvão se destacou pelo seu poder de decisão no lado direito do ataque – posição em que é utilizado pelo técnico Abel Ferreira no time principal. Além de ser bom de drible e ter sempre a bola grudada nos pés, o menino é ambidestro.
Hoje ele é o artilheiro isolado do Brasileirão, com 12 gols. O jovem ponta está a duas rodadas de bater um recorde: terminar o campeonato como o artilheiro mais jovem da história da liga brasileira.
Além disso, pode conquistar o Brasileirão pela segunda vez, haja vista que o Palmeiras briga palmo a palmo contra o Botafogo pelo título.

Stamford Bridge espera sorrindo
O Chelsea ganhou a briga com o PSG e comprou Estêvão por cerca de 61,5 milhões de euros em junho deste ano. O atacante deixará o Verdão apenas quando completar 18 anos e depois da disputa do novo Mundial de Clubes da FIFA, em julho de 2025.
Os Blues vão receber um jogador talentoso, insinuante e já pronto para ser decisivo.
Enquanto isso, mesmo mais rico, o Palmeiras não vai conseguir tão cedo suprir a ausência de um dos melhores atacantes que sua academia já produziu.
