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Fundo da SAF do Atlético-MG é investigado por conexão com PCC

Mais clube brasileiro tem nome vinculado a mafiosos
Mais clube brasileiro tem nome vinculado a mafiososPedro Souza / Atlético

O fundo de investimento Galo Forte FIP, usado pelo banqueiro Daniel Vorcaro para adquirir participação na SAF do Atlético-MG, está sob suspeita de ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC).

Segundo o Ministério Público de São Paulo, que investiga o caso, o dinheiro veio de fundos que supostamente serviram para o PCC lavar dinheiro e ocultar patrimônio. A informação foi publicada pelo Estadão e pela Sport Insider nesta sexta-feira (17).

Vorcaro investiu R$ 300 milhões entre 2023 e 2024 para adquirir 20,2% da SAF do Atlético-MG. A cota do banqueiro é a 3ª maior da sociedade atleticana, atrás da família Menin (41,8%) e a Associação do clube (25%).

Por meio de nota, o Atlético respondeu que o Galo Forte FIP é “um veículo de investimento devidamente constituído e regular perante a Comissão de Valores Mobiliários”. O clube declarou ainda “não ter conhecimento de quaisquer irregularidades”.

Documentos da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) mostram que o Galo Forte FIP atua em modelo de “fundo sobre fundo”, com estrutura sobreposta e cotistas únicos. Segundo o MP, esse sistema é usado como “pilar central na estrutura de lavagem e ocultação de capitais” do crime organizado.

Brasileirão vai ter "dérbi do PCC"?

O modelo "fundo sobre fundo" é o mesmo investigado na Operação Carbono Oculto, que neste mês vinculou novamente o nome do Corinthians ao PCC.

Três postos oficiais do Timão funcionam em endereços que aparecem como alvos da Carbono Oculto — deflagrada em agosto e a maior já realizada contra o Primeiro Comando da Capital. O clube afirmou que sublicenciou as unidades até novembro de 2025 e acompanha as investigações da Polícia Federal.

No início do ano, o Corinthians teve seu nome associado ao PCC também por causa da antiga patrocinadora Vai de Bet. A Polícia Federal concluiu que a empresa que intermediou o acordo de patrocínio entre o clube e a Vai de Bet desviou recursos para uma empresa fantasma apontada como braço da organização criminosa.

Em agosto, o Ministério Público levantou outra suspeita: a de que um membro do PCC alugou imóveis para alguns craques do Corinthians. Em 2024, o MP também apurou denúncia de que o PCC teria agenciado jogadores contratados pelo clube paulista. 

Neste sábado, o Corinthians recebe o Atlético-MG pela 29ª rodada do Brasileirão.

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