"Eu concordo com a ideia de alguns presidentes, que aqueles clubes, que compram jogadores e não pagam, não podem contratar novamente", disse a mandatária ao chegar em reunião sobre o tema na CBF.
"O Palmeiras é um clube que paga rigorosamente em dia clubes, profissionais, atletas, a gente não atrasa um dia. E, às vezes, nós somos desclassificados por clubes que não pagam absolutamente ninguém", disparou Leila, em clara referência à derrota para o arquirrival nas oitavas da Copa do Brasil.
"Nada contra os outros clubes, o que eu vou falar é claro. O que o torcedor quer são títulos, quer a classificação, mas no futuro essa conta vai chegar. Então, será bom para o futebol brasileiro ter essa moralização, porque é imoral que clubes que pagam em dia sejam prejudicados em detrimento de outros clubes que não pagam absolutamente ninguém", acrescentou.
"Sem a implementação de um fair play financeiro, eu acho que o futebol brasileiro não tem futuro. Principalmente a nossa tão sonhada liga", afirmou ela.
"Eu sou a favor de dividir o bolo, temos que ter um campeonato mais igualitário, mas eu não vou dividir o bolo com clubes que não pagam ninguém. Não vou tirar do meu dinheiro para pagar clubes inadimplentes. Aí não dá”, completou.
SAF no Palmeiras?
“Eu acho que a grande solução dos clubes é virar SAF. Porque, com o dono, a responsabilidade é do dono. E esses clubes que são associativos, o presidente fica dois, três anos, eles querem ganhar todos os campeonatos e fazem a festa não pagando absolutamente ninguém, porque sabem que daqui a três anos ele vai sair e vai largar a 'bucha' para outro presidente", analisou ela.
Leila Pereira também assegurou que o Palmeiras não vai virar SAF em sua gestão, mas a transformação pode acontecer após 2027, seu último ano de mandato.
Ela ponderou, no entanto, que o Verdão "tem muitos donos" e acha difícil o clube virar uma Sociedade Anônima do Futebol.