“Esses momentos não são fáceis, mas precisamos ser racionais. Em fevereiro, quando cheguei, passei 45 dias viajando e no hospital com minha esposa, sem tempo para nada. Dois dias depois que ela teve alta, vim para o Cruzeiro. Quando entro em um projeto, é para dar o meu melhor", iniciou o técnico português.
"Dediquei-me 100%, e nosso contrato ia até o fim de 2026, com a possibilidade de saída. Eu ativei essa cláusula para não renovar. Os motivos são pessoais. Primeiro, é o desgaste deste ano — não apenas esportivo — que se acumulou. Alguns sinais me alertaram: ‘Jardim, pare um pouco, sua saúde física e mental precisa ser preservada’”, completou Leonardo Jardim.
“Não é a primeira vez que faço isso. Fiz no Monaco, depois de seis anos, parei por um ano e meio para refletir e recuperar energia. O trabalho de um treinador não pode ser feito de qualquer maneira. Hoje, eu não conseguiria entregar 200% em janeiro. Por isso, vou tirar minha equipe de campo. Foi uma gratidão trabalhar no Cruzeiro, com todo o apoio que o Pedrinho (presidente) sempre me deu.”, acrescentou Leonardo Jardim.
Contratado em fevereiro, o treinador português de 51 anos não conquistou títulos nesta temporada, mas deixou o Cruzeiro em 3º lugar no Brasileirão, garantindo vaga na próxima Libertadores. Nesse sentido, o técnico fez um balanço “fantástico” de 2025.
“Foi fantástico. Só não consegui um objetivo: sair com um troféu. Era nisso que eu acreditava até ontem, que poderia ser algo além das experiências incríveis. Conseguimos a vaga na Libertadores. Faltou o troféu. Fico muito triste e frustrado. O futebol é assim, é uma questão de detalhe”, afirmou Leonardo Jardim, após ter sido eliminado da final da Copa do Brasil, no domingo (14), pelo Corinthians, nos pênaltis.
Leonardo Jardim levou o Cruzeiro ao 3º lugar da Série A, o melhor resultado desde 2014, quando a Raposa foi campeã. Além disso, o time chegou às semifinais do Mineiro e da Copa do Brasil, e ficou pela fase de grupos na Copa Sul-Americana.