Apesar do empate como mandante, o Palmeiras teve algo positivo na rodada graças a derrota do Flamengo para o Fortaleza, pois isolou o Verdão na ponta do campeonato. O time paulista chegou aos 62 pontos, um a mais que os cariocas. Os dois possuem os mesmos 29 jogos neste momento. Porém, essa é a terceira partida consecutiva sem vitória para os comandados de Abel Ferreira.
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O Cruzeiro deixou o Allianz Parque com uma sensação de oportunidade desperdiçada. A Raposa poderia ter colado em Palmeiras e Flamengo em caso de vitória e reacendido o sonho do quinto título brasileiro. Com o empate, a equipe mineira foi aos 57 pontos, 5 a menos que o Verdão e 4 em relação ao Rubro-Negro. O time de Leonardo Jardim perdeu o ritmo nas últimas rodadas e só venceu um dos últimos seis jogos.
Os dois times terão uma semana bem diferente pela frente. O Palmeiras enfrenta a LDU na quinta-feira (30), no Allianz Parque, pela semifinal da Libertadores. O Cruzeiro só volta a atuar no sábado (1º), contra o Vitória, pelo Brasileirão.

Jogo truncado
É possível contar a história do jogo no Allianz Parque por dois contextos: o duelo entre as equipes e as decisões da arbitragem. Começaremos pela bola rolando e nisso o encontro entre Palmeiras e Cruzeiro deixou a desejar. O primeiro tempo foi marcado por muita luta, briga e faltas.
O Palmeiras não conseguiu ter mais posse e criou muito pouco no primeiro tempo, praticamente não assustou o gol de Cássio. O Cruzeiro, por sua vez, foi mais criativo e preocupou a defesa alviverde. A melhor chance antes do intervalo saiu dos pés de Keny Arroyo, que viu Carlos Miguel fazer bela defesa.

Quem esperava uma postura muito diferente na segunda etapa se decepcionou. O Palmeiras teve mais posse, mas quase sempre improdutiva. Mesmo quando ficou com um a mais, após a expulsão do zagueiro Fabrício Bruno, o Verdão não conseguiu se impor. O Cruzeiro foi dono da melhor oportunidade, em chute na pequena área de Kaio Jorge, defendido no reflexo por Carlos Miguel.
Reclamação dos dois lados
Tão importante quanto a disputa dos dois times, foram as decisões polêmicas do árbitro Rafael Klein. A primeira delas gerou revolta no Cruzeiro ao não expulsar o zagueiro Gustavo Gómez após entrada duríssima em Wanderson, que deixou o campo lesionado. O juiz interpretou ao analisar no VAR que a falta foi apenas para cartão amarelo.

Porém, Klein não ficou na bronca só com o lado azul. No segundo tempo, o Palmeiras reclamou de um gol mal anulado, de acordo com o alviverde. No lance, Flaco López ganha pelo alto de Fabrício Bruno e cabeceia firme para o gol. Cássio espalma e deixa a bola escapar. Ramón Sosa divide com o goleiro e balança a rede. O árbitro marcou a falta do paraguaio e sequer foi chamado para revisão.
