Mais

Metade das jogadoras de futebol feminino no Brasil não recebem salário, diz governo

Jogo-treino da Seleção Feminina Sub-17 com o Volta Redonda Sub-13
Jogo-treino da Seleção Feminina Sub-17 com o Volta Redonda Sub-13Lesley Ribeiro/CBF

Segundo diagnóstico feito pelo Ministério do Esporte, o futebol feminino ainda é uma modalidade predominantemente amadora no Brasil, informou a Agência Brasil poucas horas após a final da Copa do Mundo Feminina.

A sondagem, que faz parte do planejamento construído para elaboração da Estratégia Nacional para o Futebol Feminino do governo federal, revela que apenas 19,2% das atletas possuem vínculo profissional, enquanto 4,9% possuem contrato de trabalho temporário e 1,2% têm contrato de formação.

Ainda de acordo com a agência do governo brasileiro, o diagnóstico indica também que 47,9% das jogadoras adultas não recebem salário ou ajuda de custo para praticar o esporte.

Outro dado impressionante é que cerca de 70% das profissionais que atuam no futebol feminino fazem dupla jornada, se dedicando a outras atividades para complementarem seus vencimentos.

Siga o Brasileirão Feminino no Flashscore

"O diagnóstico realizado pelo Ministério do Esporte mostra resultados importantes para orientar as políticas públicas, estratégias e ações necessárias a serem implementadas nos próximos anos. Demonstra também os principais gargalos e demandas regionais prioritárias", afirmou a ministra do Esporte, Ana Moser, sobre o documento.

A estratégia que o Ministério do Esporte começa a pôr em prática prevê:

- Ampliação dos investimentos e formação técnica para meninas e mulheres no mercado da bola

- Instalação de centros de treinamento específico para as mulheres, com metodologias próprias e diretrizes pedagógicas adaptadas às necessidades femininas

- Fomento à "participação das mulheres em posições de gestão, na arbitragem e na direção técnica de equipes".