A liberação ocorreu após decisão do Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), na manhã desta sexta-feira (5).
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O trio foi inicialmente banido do esporte após ser alvo da Operação Penalidade Máxima, deflagrada pelo Ministério Público de Goiás. As investigações revelaram participação direta dos atletas em esquemas de apostas, o que resultou em sua eliminação do futebol e aplicação de multas. Romário, inclusive, foi o ponto de partida da operação.
Com a reabilitação, os jogadores estão oficialmente aptos a retomar suas atividades profissionais. A decisão foi tomada após análise dos pedidos de reabilitação apresentados, que comprovaram o cumprimento de todos os critérios legais exigidos: pagamento das penalidades financeiras, demonstração de vínculo profissional e apresentação de documentos que atestam a idoneidade moral dos envolvidos.
Durante o julgamento, realizado na sede do STJD, no Rio de Janeiro, os três atletas estiveram presentes. O subprocurador-geral Eduardo Ximenes, ao analisar os casos, se manifestou favoravelmente à reintegração dos jogadores.
"Não há outro entender a não ser pelo pleno cumprimento dos requisitos e ressaltando a importância da reabilitação dos atletas", afirmou durante a sessão.
Entenda o caso: Operação Penalidade Máxima
A Operação Penalidade Máxima teve início com denúncias de manipulação de resultados em partidas da Série B do Campeonato Brasileiro de 2022. Na primeira fase da investigação, oito jogadores de diferentes clubes foram denunciados e se tornaram réus por envolvimento em fraudes relacionadas a apostas esportivas.
O caso ganhou repercussão após Romário, então volante do Vila Nova, aceitar uma proposta de R$ 150 mil para cometer um pênalti durante a partida contra o Sport. Ele chegou a receber um adiantamento de R$ 10 mil, com promessa de receber o restante após a concretização do ato. No entanto, como acabou não sendo relacionado para o jogo, tentou convencer outros companheiros de equipe a executar o plano — sem sucesso.
A tentativa fracassada veio à tona, e o então presidente do Vila Nova, Hugo Jorge Bravo — que também é policial militar — iniciou uma apuração interna. Reunindo provas, ele as entregou ao Ministério Público de Goiás, dando origem à operação que posteriormente se expandiu e alcançou dezenas de envolvidos.
Em maio de 2023, a segunda fase da investigação tornou 16 pessoas rés, entre elas sete atletas profissionais.