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Clubes começam a externar reclamações com gramados da Copa do Mundo de Clubes

Gramados do Mundial de Clubes têm sido alvo de críticas
Gramados do Mundial de Clubes têm sido alvo de críticasPATRICIA DE MELO MOREIRA / AFP
O técnico Luis Enrique, do PSG, usou comparação com o reino animal, com muito sarcasmo para criticar algumas situações da Copa do Mundo de Clubes. O treinador campeão da Liga dos Campeões primeiro fez um alerta sobre bolas, dizendo que elas "saltam como coelhos" no gramado irregular do Lumen Field, em Seattle. O espanhol está longe de ser o único a criticar os campos de jogo do Mundial.

Demasiado seco, demasiado acidentado - e possivelmente até perigoso: um ano antes da Copa do Mundo para as seleções nacionais, em alguns dos mesmos estádios, a má qualidade dos gramados causa aborrecimento.

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"Não consigo imaginar um campo da NBA cheio de buracos", disse Luis Enrique, em alusão ao basquete, muito mais popular nos EUA.

A sua irritação foi alimentada pelo gramado do estádio dos Seattle Sounders e da equipe da NFL, os Seattle Seahawks, onde estão previstos seis jogos da Copa do Mundo de 2026.

Nada menos que cinco estádios - incluindo os de Atlanta, East Rutherford, Miami e Filadélfia - serão utilizados para os dois torneios mundiais e são também a casa de equipes de futebol. Os clubes jogam geralmente em grama artificial, enquanto a FIFA utiliza natural ou híbrida nos seus grandes eventos.

Por isso, os gramados têm de ser substituídos ou construídos, com resultados insatisfatórios.

"Os gramados não são nada bons", lamentou Jude Bellingham, do Real Madrid, que já jogou em Miami e Charlotte. "A bola fica mais lenta, quase não salta. Além disso, os joelhos são afetados".

O treinador do Dortmund, Niko Kovac, considerou o gramado do Estádio MetLife, em East Rutherford, onde se realizará a final da Copa do Mundo de 2026, "demasiado macio". O campo, queixou-se, "não era como na Europa - a bola não corria como estamos habituados". Por isso, a qualidade do jogo foi afetada.

Os treinadores de PortoPalmeiras queixaram-se de que o mesmo campo era demasiado seco e lento, e o jovem Estevão, do Palmeiras, considerou-o "impossível de jogar". Segundo o The Athletic, o gramado foi fornecido pela empresa Tuckahoe Turf Farms, que também será responsável dentro de um ano.

"Não há projeto"

A Copa América de 2024, nos EUA, já havia sido criticada. O goleiro argentino Emiliano Martínez, campeão do mundo, considerou o campo de Atlanta um "desastre". Na altura, foram utilizadas superfícies temporárias, algumas das quais foram instaladas apenas alguns dias antes. A FIFA, por outro lado, quer trabalhar com gramados "de verdade" e instalá-los com dois meses de antecedência. Durante um teste realizado em março, no âmbito da Liga das Nações, os jogadores reagiram de forma positiva e cautelosa.

No entanto, Alan Ferguson, diretor de gramados da FIFA, falou à ESPN sobre "desafios como nunca tivemos antes". Não existe "nenhum plano para 2026, nem mesmo para as edições anteriores da Copa do Mundo. O torneio nunca foi tão grande, nunca foi organizado por três anfitriões e nunca teve tantos desafios climáticos".

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