O Botafogo, último campeão da Libertadores, transformou-se após o advento da SAF e a compra pelo empresário americano John Textor. O Flamengo tornou-se uma potência econômica endividamento superior a R$ 750 milhões, enquanto o Fluminense "sobreviveu" ao fim de uma parceria de 15 anos com a Unimed.
Confira a tabela da Copa do Mundo de Clubes
Houve um tempo em que muitos tratavam o futebol carioca como falido. Mas esta fase mudou ao ponto de o diário espanhol As, por exemplo, tratar a cidade durante a Copa do Mundo de Clubes como a capital mundial do futebol.

O Flashscore caminha nessa história de redenção dos três representantes do Rio no Mundial.
Mudança de postura
Dono da maior torcida do país, o Flamengo, antes de 2013, sempre conviveu com um incômodo "se" na mente: "e se o clube com o maior potencial de receita do Brasil se organizasse, o que poderia acontecer?". Pois aconteceu.
O endividamento do Flamengo ao fim de 2012 era de R$ 737 milhões, sendo R$ 400 milhões referentes às dívidas fiscais. Sob a gestão de Eduardo Bandeira de Mello, o clube rubro-negro começou a desenvolver planos para reestruturar sua situação.

E o processo tornou-se um case de sucesso no país, com a dívida já caindo para R$ 660 milhões no biênio 2013/14, e o clube embalado também por um crescimento exponencial do programa de sócio torcedor, que pulou de R$ 25 milhões em 2012 para R$ 83 milhões na temporada seguinte.
Ano após ano, o Flamengo galgou passos de sucesso nesta mudança, e o momento inicial de austeridade deu lugar a movimentos mais ousados no mercado, pois o time havia se tornado equilibrado financeiramente.
Além disso, em 2017, a base rubro-negra deu um grande fruto: Vinícius Júnior. O então talento do Ninho do Urubu foi vendido ao Real Madrid por 45 milhões de euros, outro passo definitivo para impulsionar as finanças do Flamengo, que passou a combinar sucesso administrativo e resultado em campo.

Com um faturamento de mais de R$ 1 bilhão e duas Libertadores em quatro edições, além de títulos do Brasileirão e da Copa do Brasil no mesmo período, o Flamengo do então presidente Rodolfo Landim passou a figurar em outro patamar em 2022.
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Tem sido raro o time passar em branco em uma temporada desde então, fato que até chegou a acontecer em 2023, mas foi corrigido no último ano, com as conquistas do Carioca e da Copa do Brasil, essa última já sob o comando de Filipe Luís e que representou ainda o fim da era Gabigol no clube.
"O maior orgulho é ver o Flamengo sendo exemplo dentro e fora de campo. Espero que não tenha legado. Que seja o início de uma fase que dure muito anos. Legado é quando começou e acabou. Espero que esses momentos não acabem jamais", disse Luiz Eduardo Baptista, o Bap, atual presidente do Flamengo.

Há vida depois do rompimento
No fim de 2014, o futebol brasileiro viu ser rompida uma das parcerias de grande sucesso no país, entre o Fluminense e a operadora de planos de saúde Unimed. No período em que permaneceram juntos, os parceiros colheram frutos, como a contratação de grandes jogadores e três títulos nacionais: Copa do Brasil em 2007 e Brasileirão em 2010 e 2012.
A chegada da Unimed representou um momento importante de redenção para o Fluminense, que em 1999 amargava a Série C. Com o passar dos anos, o acordo foi se tornando prolífico e impulsionou a chegada de nomes como Romário, Edmundo, Ramon, Roger, Fred, Deco, Conca, Washington, Thiago Neves, Diego Cavalieri e etc.

Mas o patrocinador passou a conviver com graves problemas financeiros. A separação tornou-se o único caminho viável. Muitos diziam que o Fluminense não conseguiria se sustentar depois do término e que voltaria ao estágio problemático do fim dos anos 1990.
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Mas o Tricolor, com a chegada do presidente Mário Bittencourt, permaneceu equacionado e chegou à Glória Eterna em 2023, quando conquistou a primeira Libertadores de sua história ao vencer o Boca Juniors, no Maracanã.
Em recente balanço, o Fluminense comunicou que teve a maior receita operacional de sua história — R$ 684 milhões — um aumento de 174% em relação ao faturamento de 2019. Foi o terceiro ano consecutivo de resultado positivo.

Uma luz no fim do túnel
Estar na Copa do Mundo de Clubes é um deleite para a torcida do Botafogo. Há exatos quatro anos, o Glorioso amargava a disputa da Série B do Brasileirão e um cenário de completa incerteza, com dívidas gigantescas e até mesmo o risco de falência. Mas o advento da SAF e a chegada do investidor norte-americano John Textor mudaram para sempre a história do Glorioso.
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Já em 2022, com um investimento pesado, a equipe voltou à elite com um 11º lugar na tabela, retornando ao cenário internacional com a classificação à Copa Sul-Americana. Mas o Botafogo queria mais.

No ano seguinte, depois da conquista da Taça Rio, a equipe alvinegra embarcou em uma jornada de ilusão e expectativa no Brasileirão. O Botafogo flertou com a taça, especialmente após um brilhante primeiro turno, mas não teve fôlego na reta final, caindo para o quinto lugar e vendo o Palmeiras abocanhar a conquista.
O Botafogo soube esperar sua vez. Em 2024, o time deu a volta por cima, dominando o Brasileirão e conquistando a inédita Libertadores, taça que lhe deu o tíquete de entrada para a Copa do Mundo de Clubes nos Estados Unidos, além da disputa do título intercontinental no fim da temporada passada.

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