Membro da organização Mundial Verde e Branco, uma união de palmeirenses, formada por múltiplos consulados e torcidas, o presidente e cônsul da Palmeiras NY contou a história da criação do grupo e falou sobre sua expectativa para o torneio continental.
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Tudo começou durante a procura por um local em Nova York para poder acompanhar os jogos do clube do coração.
"Eu vim para cá em 2023, vim transferido do trabalho, cheguei aqui e a primeira coisa que eu queria fazer era assistir o jogo do Palmeiras, eu sabia que existia o Galpão, em Nova Jersey, mas em Manhattan não havia um bar especificamente para os palmeirenses", contou Adriano ao Flashscore.
"Dependendo do jogo, como eu morava no Brooklyn, demorava uma hora e meia, duas horas, para chegar ao Galpão, então ficava um pouco inviável se eu quisesse ver todos os jogos. A partir daí, eu comecei ir atrás de torcidas no Instagram, não achei nada de Palmeiras. Coloquei Palmeiras NY, não apareceu nada. Pensei comigo, 'vou pegar o nome, quem sabe o nome não está disponível?'. E estava. Aquilo dali foi um sinal para mim".
Interagindo com outros palmeirenses por meio das redes sociais, Adriano passou a buscar um local na Big Apple para assistir aos jogos do Palmeiras e foi a partir desta procura que a Palmeiras NY tomou forma.

"Teve um jogo da Libertadores que eu arrumei um bar, comecei a seguir a galera no Instagram. No nosso grupo, tinha uma menina que iria assistir ao jogo aqui, no Legends Bar, e ela falou: 'galera, estou indo ver o jogo nesse bar, quem quiser pode vir junto'. Eu já tinha conseguido um outro bar, mas chegando lá, não tinha o canal. Como eu estava organizando esse movimento de torcida, eu percebi que precisávamos de um lugar que, com certeza, passasse os jogos. Então eu vi essa mensagem da Camilinha, expliquei que criei a página e juntou as duas forças, a minha e a dela", relatou à reportagem.
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Torcida e até empresa
O crescimento foi rápido e o que era apenas um grupo transformou-se até mesmo em um pequeno negócio com todos os recursos reinvestidos na própria organização.
"Eu até criei uma empresa para separar da minha parte pessoal. Deixar bem separado e bem transparente. Hoje a gente é uma empresa nonprofit. Então todo lucro é usado para ser reinvestido na própria organização e o consulado serve como uma casa dos palmeirenses, uma segunda casa", ressalta Adriano, responsável inclusive pelo designer das camisas especiais da Palmeiras NY para a Copa do Mundo de Clubes da FIFA, inspiradas no beisebol e no futebol americano, tradicionais esportes norte-americanos.

"Fiquei pela madrugada conversando com os chineses para garantir os melhores produtos possíveis", disse.
Não à toa, os produtos são um sucesso imediato entre os palmeirenses que estão em Nova York. No período que a reportagem do Flashscore esteve com Adriano, diversos torcedores o procuraram para adquirir os produtos, vendidos por preços que chegavam a US$ 65. Além das camisas, existiam também cachecóis, bandeiras e bonés.

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Uma família Palmeiras
Para Adriano, a Palmeiras NY é um segundo lar para todos os palmeirenses que vivem na Big Apple. O torcedor exaltou a importância da organização, que constituiu-se, de fato, em uma família.
Todos os palestrinos são bem-vindos nos encontros do grupo, que acontecem no Legends Bar, próximo ao Empire State Building. O local, inclusive, conta com um espaço dedicado ao Palmeiras.
"Para quem nunca morou fora, quando você sai do Brasil, depois de uns dois, três meses, que você não está falando português mais, tendo contato com brasileiros, você começa a ver a falta que faz o Brasil. E aqui a gente quer ser esse ponto familiar. Queremos ser a segunda família, a segunda casa de todo palmeirense que mora aqui e de qualquer turista que vier visitar. Acaba sendo uma família, todo mundo se abraça".

Canta e vibra
O Palmeiras fará dois jogos na região de Nova York/Nova Jersey na fase de grupos da Copa do Mundo de Clubes da FIFA: os duelos com o Porto, neste domingo (15), e a partida contra o Al-Ahly, na quinta-feira (19). Um verdadeiro presente para a Palmeiras NY.
"Deus nos agraciou em ter esse jogo no MetLife, então para nós está sendo muito especial e vai ser inesquecível para todos os palmeirenses que estiverem aqui. E para que aqueles que estiverem no Brasil, nós vamos representar vocês aqui também. Podem ter certeza", projetou Adriano.
E a força da torcida pode fazer toda a diferença em um campeonato com adversários tão qualificados e complicados como os que estão no Mundial.

"Quem foi para o jogo em Montevidéu (final da Libertadores) sabe que muito do que aconteceu se deu por conta da união dos palmeirenses. A gente quis replicar isso para o Mundial. Porque se tem alguma chance do Palmeiras ser campeão, essa chance será com a torcida sendo o 12º jogador em campo. E, para isso, todos precisam estar unidos", disse o presidente da Palmeiras NY, que também confia no time comandado por Abel Ferreira.
"O Palmeiras tem time para passar de fase, espero que isso aconteça. O Abel tem muita capacidade para fazer esse time chegar muito longe nesta competição", concluiu Adriano.
Uma série de eventos foi programada pelo Mundial Verde e Branco para os próximos dias em Nova York. Adriano explicou a mobilização ao Flashscore.
Veja no vídeo abaixo: