Contra a Inter de Milão, o plano de jogo de Renato Portaluppi logo virou assunto. Uma modificação ousada ao tentar espelhar o time italiano, algo decidido de véspera — e isso não seria feito por alguém que não está a estudar o time que terá do outro lado.
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Os três zagueiros e uma linha de cinco no campo defensivo transformaram-se em uma muralha que a Inter não conseguiu transpor. A vitória por 2 a 0 foi um "masterclass" do comandante, que não se intimida, por exemplo, com o fato de seu time ter menor posse de bola em relação aos seus oponentes na Copa do Mundo de Clubes.
O Fluminense é, sem dúvidas, um time de transpiração e aplicação tática.
"A gente sempre trabalha com a bola, faço com que meu time jogue. Gosto dessa posse, e sem ela a gente marca e marca forte. Os dois melhores exemplos foram contra o Borussia e a Inter (de Milão). Sabemos do potencial do nosso adversário, eles gostam do contra-ataque, têm bastante velocidade. Por isso, estudei bastante e procurei armar o esquema para que pudéssemos neutralizar esse tipo de jogada", declarou Renato à imprensa na véspera do duelo com o Al-Hilal, pelas quartas de final da Copa do Mundo de Clubes.
E apesar de fazer mistério sobre o que projeta para o duelo contra a poderosa equipe saudita, Renato sabe que o Manchester City, de Guardiola, deu uma brecha que ele não pretende dar.
"Óbvio que sem a bola, a gente vai marcar e procurar tirar os espaços do nosso adversário, e principalmente não dando espaço para eles. Acho que foi ali que o Manchester City teve problemas com eles (Al-Hilal), porque deu bastante espaço. Dessa forma que treinei meu time, para que pudéssemos dar o mínimo de espaço possível para que eles possam nos contratar", apontou.
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Um outro treinador em campo
A missão de Renato, sem dúvidas, fica ainda mais fácil quando se tem no grupo um atleta como Thiago Silva. Durante o jogo contra a Inter de Milão, o jogador sugeriu uma alteração tática no time, logo acatada pelo comandante. O entendimento de jogo do veterano é um trunfo para Renato.
"Às vezes o capitão não é só aquele que usa a faixa. Tem outros jogadores que são líderes e ajudam bastante. Troco bastante ideia com meu grupo e dou essa liberdade para eles", avaliou.
"Sacrifiquei o Everaldo de um lado e o Lima do outro. No momento, não tinha pensado nisso porque tinha que sacrificar dois jogadores que não são da posição, mas tudo em prol do time", seguiu.
"O treinador não vê 100% o jogo. Às vezes o jogador está sentindo algo diferente no campo que pode colocar, ajudar e eu vou analisar ali na hora e ver se é o melhor ou não. Analisei e vi que era a melhor opção", concluiu Renato Portaluppi.
O Fluminense enfrentará o Al-Hilal nesta sexta-feira (4), às 16h (de Brasília), no Camping World Stadium, em Orlando. Se vencer, o Tricolor encontrará na semifinal quem passar de Palmeiras e Chelsea, que também jogam nesta sexta-feira (4), às 22h (de Brasília).
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