João Pedro foi contratado na última semana, com o Chelsea investindo 55 milhões de libras (pouco mais de 410 milhões de reais) em seu futebol pelos próximos sete anos. O impacto no time foi imediato.
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Contra o Palmeiras, digamos que ele estivesse ensaiando. Mas, diante do Fluminense, em sua primeira partida como titular, o jogador comprovou sua rápida adaptação e talento, indo às redes duas vezes.
Foram seus primeiros gols pelo clube londrino justamente frente ao Tricolor, clube de sua formação.
Não tem o que fazer
Após a partida, o lateral-esquerdo Renê, do Fluminense, avaliou que a mudança no regulamento interferiu na disputa. Ele chegou a lembrar que o Al-Hilal contratou o goleador marroquino Abderrazak Hamdallah para as quartas de final. A passagem relâmpago do jogador pelo time saudita durou apenas 20 minutos na derrota para o Tricolor por 2 a 1, em Orlando.
"Se você tem a condição de contratar um jogador para o mata-mata do Mundial de Clubes, você pode investir o dinheiro que quiser e vai fazer a diferença. No jogo do Hilal, eles contrataram um atacante para jogar, talvez, um único jogo, e a regra permitiu", disse Renê.
Se nas quartas, a contratação emergencial do Al-Hilal não deu certo, o mesmo expediente não se repetiu nas semifinais. A chegada de João Pedro modificou o ataque do Chelsea e o Fluminense pagou o pato.
"Ficou um pouco difícil, porque se você estiver precisando de um atacante, seus atacantes não estão bem ou estão machucados, você vai lá e gasta R$ 400 milhões em um jogador do calibre do João Pedro, claro que ele não tem culpa, mas eu acho que interferiu sim. Ele já tinha feito a diferença no jogo passado (contra o Palmeiras), fez a diferença hoje e provavelmente vai fazer a diferença na final. Temos que aceitar, não há o que falar contra a regra", lamentou Renê.
Entre 27 de junho e 3 de julho, a FIFA abriu uma janela extra para a competição intercontinental e permitiu a inscrição de reforços a partir das quartas de final.
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A medida favoreceu os clubes com mais poder financeiro, algo que Renato Portaluppi, técnico do Fluminense, já vinha atentando em suas coletivas. Ele voltou a falar sobre a disparidade após a eliminação dessa terça-feira (8).
”Aí entra no esquema de não adiantar aos brasileiros competir com os europeus em termos financeiros. O João Pedro custou mais de R$ 400 milhões ao Chelsea. Inviável para qualquer clube brasileiro. Até para o Flamengo, Palmeiras, Botafogo… Não dá para competir na parte financeira. Os brasileiros formam jogadores para vender para a Europa para sobreviver. Essa é uma realidade desde a minha época de jogador. Não tem para onde correr", opinou o comandante do Tricolor.
"Nem sempre quando você vende um jogador você tem certeza que ele vai despontar. O João Pedro com certeza está despontando, um grande jogador, nível de Seleção Brasileira. São coisas que acontecem no futebol", concluiu Renato.
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