O Mundial, por sua vez, tem sido àquele momento onde Renato tem, digamos, ido à forra contra quem ainda questiona seus métodos, o apontando como um treinador nada acadêmico. O comandante do Fluminense até os categorizou.
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"Alguns enxergavam, alguns não queriam enxergar e alguns enxergavam e não queriam me elogiar. Eu respeito a opinião de cada um, cada um tem que saber seu patamar, onde se encaixa nesses três itens que eu falei", disparou o comandante, em entrevista coletiva na véspera do duelo entre Fluminense e Chelsea.
"Eu não conquistei vários títulos como treinador comprando os títulos. Conquistei trabalhando, implementando. No Grêmio mesmo, por exemplo, teve anos que eu implementei três, quatro esquemas que deram certo. Nessa Copa do Mundo, eu mudei o esquema por duas vezes e deu certo. A gente está conseguindo os resultados devido ao nosso trabalho", acrescentou.
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Desafio tático a quem o contesta
Em clara crítica à imprensa, o treinador chegou a propor um desafio a jornalistas sobre tática. Na visão de Renato, muitas opiniões são dadas pelos profissionais de imprensa sem embasamento, orientadas apenas pelos resultados dos jogos.
"Muita gente gosta de criticar, gosta de falar de parte tática, mas a pergunta que eu faço para vocês (jornalistas), claro que não são todos, mas quantos de vocês entendem de parte tática para criticar os treinadores? Será que vocês entendem tanto assim de tática?", indagou.

"Muitos de vocês quando veem uma escalação, precisam dar opinião antes de começar o jogo — 'não vai dar certo por isso e isso'. Porque fica muito fácil falar depois. É como eu digo, são os 'engenheiros de obra pronta'. Terminou o jogo, 'ah, ganhou, mas ele acertou na escalação, o esquema foi muito bom'. Perdeu o jogo, 'ah, mas errou o esquema, escalou mal'. Aí fica muito fácil", seguiu,
"Será que se pegarmos alguns de vocês para um debate ao vivo com quatro ou cinco treinadores e nós, técnicos, perguntarmos sobre parte tática, será que vocês se garantem? Eu respeito a opinião de vocês, muitos de vocês entendem, mas muitos não entendem", observou.
Resgate do futebol brasileiro
Com o Mundial de Clubes caminhando para seu encerramento, Renato destacou a campanha de todos os clubes brasileiros e apontou que seu trabalho à frente do Fluminense valoriza o futebol nacional e também os técnicos brasileiros, muitas vezes questionados por estarem supostamente defasados em relação aos comandantes do Velho Continente.
"Hoje, os treinadores brasileiros, estão mais valorizados pelo trabalho que eu venho fazendo aqui, pelo trabalho, querendo ou não, depende da opinião de vocês, do Abel (Ferreira), do Filipe Luís e do Renato (Paiva). Acho que os clubes brasileiros fizeram um grande Mundial. Infelizmente você enfrenta esses poderosos e alguém tem que passar. Eles voltaram, mas fizeram um grande trabalho também", parabenizou.
"Espero que os treinadores brasileiros sejam mais valorizados. Estamos resgatando nesse Mundial o respeito pelo futebol brasileiro, o respeito pelos treinadores brasileiros, porque muito se fala, e eu concordo, dos treinadores aqui fora, mas eles montam seus elencos com três jogadores de qualidade em cada posição (...) estamos fazendo uma grande Copa do Mundo, sem ter esse poder aquisitivo dos clubes europeus", finalizou.
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