“Para mim não faz qualquer sentido que um jogador que tenha sido treinado primeiramente pelo seu clube por cinco anos, mas também pela federação como júnior, possa mudar de federação nacional de forma gratuita”, disse Andreas Rettig, em declarações à agência DPA.
Veja o calendário das Eliminatórias da Copa do Mundo
Vários jogadores têm mudado de seleção depois de terem se formado nas equipes alemãs. Ibrahim Maza, que joga pela Argélia, Kenan Yıldız (Juventus) e Can Uzun (Eintracht Frankfurt), que, apesar de terem nascido na Alemanha, preferiram jogar pela Turquia, são alguns exemplos.
“Estamos estudando se há a possibilidade de haver uma compensação quando os jogadores mudam de federação nacional”, afirmou.
A Alemanha também tem se beneficiado de filhos de imigrantes, que têm atuado pela seleção, como Ilkay Gündogan, Mesut Özil, Sami Khedira e Said El Mala, que foi recentemente convocado pela primeira vez à seleção alemã para os próximos confrontos das Eliminatórias.
“Na Alemanha, 43% das crianças com menos de cinco anos têm dupla nacionalidade. Quando têm 10 ou 12 anos, eles podem decidir: prefiro a águia (da Alemanha) ou, por exemplo, a lua crescente (da Turquia)”, referiu Rettig.
Nas seleções jovens, entre os sub-15 e os sub-21, Rettig diz que esse percentual é superior e que há equipes em que “sete ou oito jogadores no time titular têm dupla nacionalidade”.
Por exemplo, na atual convocação da seleção portuguesa, há cinco jogadores com dupla nacionalidade: Diogo Costa (Suíça), Nelson Semedo (Cabo Verde), Matheus Nunes (Brasil), Carlos Forbs (Guiné-Bissau) e Rafael Leão (Angola).
Sobretudo nas seleções africanas de países de língua oficial portuguesa, há vários jogadores que nasceram em Portugal e que chegaram a atuar pelos times de base do país.