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Gigantes europeus iniciam tardiamente campanhas nas Eliminatórias

Yamal escapa de Theo Hernandez durante semifinal da UEFA Nations League entre Espanha e França em junho
Yamal escapa de Theo Hernandez durante semifinal da UEFA Nations League entre Espanha e França em junhoFRANCK FIFE / AFP
Com a próxima Copa do Mundo começando em pouco mais de nove meses, a campeã europeia Espanha e algumas das outras potências do continente finalmente começaram suas campanhas de qualificação nesta semana.

França, Alemanha e Portugal também iniciaram apenas agora. A situação do calendário europeu contrasta fortemente com a de outros lugares. Os campeões da Copa do Mundo Argentina, Brasil e Equador já se classificaram na América do Sul, onde a campanha está quase completa. Enquanto isso, seis vagas foram garantidas nas eliminatórias asiáticas.

Confira a classificação das Eliminatórias

A Europa tem 16 vagas, um terço do total para a primeira Copa do Mundo com 48 equipes. Todos os 12 vencedores dos grupos serão classificados, com mais quatro vagas disponíveis nos play-offs. A Espanha, segunda colocada no ranking mundial, atrás apenas da Argentina, vem de uma derrota na final da Liga das Nações da UEFA em junho, nos pênaltis, para Portugal.

A seleção espanhola inicia sua participação nas eliminatórias com uma viagem à Bulgária antes de um jogo difícil na Turquia. Uma equipe liderada por Lamine Yamal e Nico Williams, e com Rodri, do Manchester City, de volta após uma grave lesão no joelho, está sendo apontada como uma das favoritas para vencer a Copa do Mundo.

Mas o técnico Luis de la Fuente, que vai enfrentar a Geórgia de Khvicha Kvaratskhelia no Grupo E, prefere ser cuidadoso.

"Esta é uma campanha de qualificação e é muito difícil. A Itália perdeu duas Copas do Mundo recentemente. Há muitos passos a serem dados antes de chegar perto da final. Vamos nos concentrar em chegar lá e fazer o trabalho", afirmou.

O último torneio de Deschamps

A França chegou às duas últimas finais da Copa do Mundo, ganhando o troféu em 2018 e perdendo nos pênaltis em 2022. Tudo o que se fala é que os Bleus tentam terminar em alta antes que o técnico Didier Deschamps se afaste para encerrar um reinado de 14 anos.

Deschamps fez parte da equipe da França que não conseguiu se classificar para a última Copa do Mundo nos EUA, em 1994, mas a geração atual deve ter mais do que o suficiente para liderar um grupo que conta com Ucrânia, Islândia e Azerbaijão.

"A classificação para a Copa do Mundo nunca foi uma formalidade. Pode ser cruel e implacável no mais alto nível", disse Deschamps, que convocou pela primeira vez Hugo Ekitike, recém-contratado pelo Liverpool.

Portugal deveria estar em alta depois de vencer a Liga das Nações, mas uma rodada dupla contra Armênia e Hungria será o primeiro jogo desde a trágica morte de Diogo Jota em julho.

"Queremos honrar sua memória todos os dias", disse o técnico Roberto Martinez.

Aos 40 anos, Cristiano Ronaldo parece ter toda a intenção de liderar a equipe até o fim na busca pela primeira Copa do Mundo.

Já a Alemanha não consegue chegar a uma semifinal de torneio importante desde a Euro 2016. A equipe de Julian Nagelsmann está apenas em nono lugar no ranking mundial, mas um elenco que conta com as novas estrelas da Premier League, Florian Wirtz e Nick Woltemade, ainda é formidável.

A seleção alemã começa fora de casa contra a Eslováquia e em casa contra a Irlanda do Norte, com Luxemburgo sendo o outro rival do Grupo A.

Itália em um buraco

A Itália, por sua vez, continua uma campanha que começou da pior maneira possível, com uma derrota por 3 a 0 na Noruega em junho, que custou o emprego do técnico Luciano Spalletti.

A Azzurra, que não conseguiu se classificar para as duas últimas Copas do Mundo, venceu a Moldávia, mas está nove pontos atrás dos noruegueses de Erling Haaland no Grupo I - embora com dois jogos a menos. Não há margem para erros, já que o reinado de Gennaro Gattuso começa contra Estônia e Israel.

"Uma coisa é certa: não tenho medo", disse Gattuso.

A Inglaterra não tem sido inspiradora sob o comando de Thomas Tuchel, mas parece estar se classificando. A equipe tem três vitórias em três jogos no Grupo K, todas sem sofrer gols, e recebe Andorra no Villa Park e viaja para a Sérvia para o que deve ser o jogo mais difícil da classificatória.

A briga pela classificação pode ser mais acirrada no Grupo B, no qual a Suíça enfrentará a Suécia de Alexander Isak. A Dinamarca é favorita no Grupo C, à frente da Grécia e da Escócia, enquanto o País de Gales espera continuar lutando contra a Bélgica no Grupo J.