Ingresso para final da Copa 2026 é vendido por mais de R$ 1 milhão

MetLife Stadium vai ser palco da decisão do Mundial
MetLife Stadium vai ser palco da decisão do MundialWilliam Volcov / BRAZIL PHOTO PRESS / Brazil Photo Press via AFP

Os ingressos para a final da próxima Copa do Mundo atingiram preços estratosféricos nesta quarta-feira (24), duas semanas após a FIFA liberar novo lote de venda para o torneio.

Assentos perto do gramado do MetLife Stadium, estádio em Nova York que recebe a decisão da Copa, estão sendo vendidos por até R$ 1,2 milhão (230 mil dólares) no site de revenda oficial da FIFA.

Este é, de muito longe, o preço mais caro já cobrado para se ver uma partida de futebol em todos os tempos.

Preço da revenda de ingresso na Final no site da FIFA
Preço da revenda de ingresso na Final no site da FIFAReprodução/FIFA.com

Ainda há ingressos com preço de face para a final do Mundial no próprio site da entidade. Eles custam de R$ 23 mil (4,2 mil dólares) na Categoria 3 até R$ 48 mil (8,7 mil dólares) na Categoria 1.

FIFA sofre chuva de críticas por esquema de ingresso da Copa do Mundo

O site da FIFA não oferece mais entradas da Categoria 4 — os assentos mais baratos – para a decisão da Copa.

Quanto custa um jogo do Brasil?

Os ingressos para os jogos da fase de grupos estão mais em conta. Para ver de perto Brasil x Haiti, na Filadélfia, o torcedor tem de desembolsar de R$ 1,5 mil (265 dólares) a R$ 3,8 mil (700 dólares).

Veja a tabela da Copa de 2026

Já o pacote “hospitalidade", que inclui uma sala VIP no estádio, para ver Brasil x Marrocos sai pela bagatela de R$ 300 mil (5,5 mil dólares).

Copa 9 vezes mais cara que as outras

Em uma tentativa de aplacar as críticas pelos preços exorbitantes do Mundial, a FIFA divulgou que venderia ingressos a R$ 330 (30 dólares), mas eles dão conta de menos de 1,6% da carga e só são vendidos pelas federações – e já viraram espécie em extinção em muitos países.

Segundo estudo do jornal britânico The Guardian, o preço da Categoria 4 na Copa 2026 é em média 9 vezes mais caro que a média das últimas Copas.

Uma das explicações para os valores abusivos do próximo Mundial – além da óbvia ganância – é a precificação dinâmica, adotada pela FIFA em uma Copa do Mundo pela primeira vez.