Koundé concedeu entrevista coletiva nesta quarta-feira (3), dois dias antes da partida entre Ucrânia e França, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. O defensor afirmou que o ritmo intenso dos jogos está cobrando seu preço.
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"Não se trata apenas dos jogadores. Existem famílias. Também penso em todas as pessoas que trabalham ao redor do futebol e que, às vezes, são vítimas desse ritmo implacável", disse Koundé.
Como atua no Barcelona, Koundé não participou da Copa do Mundo de Clubes, que ocorreu entre 14 de junho e 13 de julho nos Estados Unidos. Ainda assim, o jogador de 26 anos comentou sobre o impacto do torneio em uma temporada já sobrecarregada.
Rayan Cherki, do Manchester City, e William Saliba, do Arsenal, foram cortados da seleção francesa por lesão. Já Ousmane Dembélé, do PSG, não treinou na última terça (2) devido a um problema na coxa.
O PSG, que chegou à final do Mundial, disputou 65 partidas na temporada 2024/25.
"É todo um ecossistema. Às vezes, quando exageramos nas coisas, deixamos de valorizá-las. Quando vemos demais, já não damos a mesma importância. É isso que está acontecendo com o futebol – é consumo excessivo", analisou Koundé
A primeira edição ampliada da Copa do Mundo de Clubes, com 32 equipes, acrescentou 63 jogos ao calendário do verão europeu. A situação gerou críticas de jogadores e clubes sobre o cansaço e o risco de lesões.
Koundé pediu que as entidades no comando do futebol reflitam sobre a sustentabilidade do modelo atual a longo prazo.
"São questões que precisamos colocar em perspectiva. E acredito que precisam mudar", concluiu.
A França enfrenta a Ucrânia nesta sexta (5) em Wroclaw, na Polônia, às 15h45 (horário de Brasília). Depois, recebe a Islândia em Paris, na próxima terça (9). São os dois primeiros jogos dos Bleus nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026.