A derrota na final da Libertadores para o Flamengo, neste sábado (29), foi a quarta queda do Palmeiras no ano frente a um arqui-inimigo.
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Para o eterno rival Corinthians, o Verdão perdeu a decisão do Paulistão – que valeria o tetra inédito – e foi eliminado na Copa do Brasil. Pelo Flamengo, o moderno arquirrival, o time de Abel foi superado no Brasileirão e na Libertadores – que também valia o tetra inédito.
A queda na Copa do Brasil já parecia ter azedado a relação, pois rendeu ao treinador português seu primeiro xingamento em coro da torcida.
O vice na Libertadores gerou menos raiva, mas mais tristeza. O time não respondeu após desistir do Brasileiro, a magia de outras finais não apareceu, e — principalmente — a equipe novamente não jogou bola e foi mais uma vez engolida pelo Rubro-Negro.
Tudo isso em uma temporada em que o sonho do Mundial não se realizou, e também no ano em que o Palmeiras bateu recorde histórico de gastos em reforços.
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Abel contratou vários excelentes jogadores escolhidos a dedo por sua comissão. E o resultado em campo foi o 1º ano sem título – e com um futebol ainda bastante competitivo, mas muitas vezes pobre.

Diz a biologia que a paixão dura no máximo 7 anos porque, depois disso, o corpo cansa de disparar dopamina, ocitocina e outras substâncias no cérebro do apaixonado.
A partir daí, a relação muda. Ou se transforma naquele amor companheiro e duradouro, em que os dois lados têm de trabalhar para dar certo, ou vai para o vinagre.

A paixão, o amor cego, de Abel com a torcida alviverde terminou junto com a Libertadores 2025. Ele já avisou que fica até 2027, mas, no momento, está dormindo na sala.
O português vai ter uma chance para se reinventar e tentar reconquistar o coração dos machucados palmeirenses. Por ora, os 7 anos de relação parecem inalcançáveis.
E se vier a separação? Também não será fácil para ninguém. Trata-se do treinador mais campeão da história do clube, que provavelmente ganhará estátua no Palestra Itália no futuro.
De qualquer maneira, não é hora de carinho, nem de beatificações na Academia de Futebol. É hora de terapia, trabalho e – principalmente – mais futebol.
