Bobadilla não negou a acusação. O paraguaio pediu desculpas pelo episódio, mas sequer citou o nome de Navarro no vídeo. O volante do São Paulo alegou que foi ofendido e tratado com "desprezo" antes de proferir a ofensa.
Saiba mais sobre a acusação de Navarro
"Foi uma partida muito quente, um clima tenso durante todo o jogo. Depois do nosso segundo gol, tive um bate-boca com um jogador do Talleres. Fui ofendido primeiramente, também tratado com um pouco de desprezo. Nunca tive a intenção de discriminar ninguém. No calor do momento eu reagi mal", afirmou Bobadilla.
"Peço desculpas publicamente. Se tiver a oportunidade de falar com ele pessoalmente, pedirei desculpas também", completou.
Navarro registrou um boletim de ocorrência no MorumBis, mas não prestou depoimento à Polícia Militar. A Conmebol abriu um processo disciplinar nesta quarta-feira para investigar a acusação de Navarro.
O São Paulo afirmou que "está acompanhando atentamente a apuração dos fatos pelas autoridades competentes, colaborando integralmente com as investigações em curso". O clube acrescentou que vai oferecer "suporte institucional" a Bobadilla.
"O São Paulo FC reitera que repudia veementemente qualquer manifestação de discriminação, preconceito ou intolerância, seja ela de natureza racial, étnica, nacional ou de qualquer outra forma", declarou. "O Clube providenciará que ele (Bobadilla) seja devidamente orientado por meio de medidas educativas que serão conduzidas pela área de compliance."
Logo após o jogo, o Talleres repudiou o episódio e saiu em defesa de Navarro.
"Desde o Club Atlético Talleres queremos expressar nosso mais enérgico repúdio ao ato de xenofobia que nosso jogador Miguel Navarro sofreu. Nos solidarizamos profundamente com Miguel e com sua família neste momento. Como instituição, levantamos a voz contra qualquer forma de discriminação. NÃO há lugar para o ódio no futebol", publicou em nota.