O Independiente solicitou que “toda referência” à instituição fosse removida do museu e que “todos os itens entregues” fossem devolvidos, de acordo com um comunicado publicado em suas redes sociais, no qual também questiona a “decisão política” da Conmebol.
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“Esta resolução (...) é uma decisão política que revela a preferência por estruturas privadas com as quais é mais fácil projetar acordos, negócios e benefícios futuros”, afirmou o Independiente, uma associação civil sem fins lucrativos.
A sanção da Conmebol responde aos incidentes ocorridos há duas semanas durante a violenta briga entre torcedores argentinos e chilenos no estádio Libertadores da América, em Buenos Aires, uma das piores dos últimos anos no continente, que deu a volta ao mundo devido à sua extrema brutalidade.
Os torcedores se atacaram com facas, paus e granadas de estrondo dentro do recinto. Houve incêndios nas arquibancadas e um torcedor, em meio ao pânico, se jogou do alto das arquibancadas para escapar da agressão.
O saldo foi de pelo menos 19 feridos, dois deles em estado grave, e mais de 100 detidos, a grande maioria chilenos, segundo a polícia argentina.
Multas e sanções
Na quinta-feira, a Conmebol decidiu que ambas as equipes devem disputar sem público seus próximos 14 jogos em torneios internacionais - sete em casa e sete fora - e multou a Universidad de Chile em US$ 270 mil e o Independiente em US$ 250 mil, além de desclassificá-lo, entre outras sanções.
Para o presidente da instituição de Santiago, Michael Clark, “foi feita justiça no esporte ao declarar a Universidade do Chile vencedora”, mas anunciou que está trabalhando na “apelação” da decisão.
A partida, disputada em 20 de agosto, foi suspensa pelo árbitro uruguaio Gustavo Tejera aos 3 minutos do 2° tempo, após uma série de distúrbios nas arquibancadas.
Minutos depois, a Conmebol comunicou oficialmente o cancelamento do jogo através dos alto-falantes do estádio. Foi então que ocorreram os principais atos de violência.
A equipe argentina, responsável pela organização do encontro, foi questionada por falhas na logística de segurança. Até mesmo o presidente do Chile, Gabriel Boric, denunciou um “linchamento” de chilenos após os distúrbios.