O Vitesse recorreu da decisão do tribunal civil, tomada no início de agosto, que havia confirmado a decisão da KNVB de revogar a licença profissional do clube em junho.
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O tribunal determinou que as decisões da Real Associação Holandesa de Futebol (KNVB) e do tribunal civil ficarão suspensas até que seja emitido um veredito definitivo. A vitória do Vitesse foi surpreendente, já que advogados especializados em direito esportivo davam apenas 1% de chance de sucesso ao clube nesse caso.
Retorno ao futebol profissional
O veredito permite que o Vitesse volte a disputar a segunda divisão do país, pelo menos enquanto não houver um julgamento do mérito em andamento. O clube perdeu diversos jogadores que saíram sem custos e partes importantes do CT foram desmontadas nas semanas seguintes ao colapso.
"Essa decisão nos dá fôlego e perspectiva. Estamos extremamente satisfeitos que o Tribunal reconheceu a gravidade da situação e suspendeu as decisões. Seguimos totalmente comprometidos com o futuro do Vitesse", afirmou Michel Schaay, presidente do grupo proprietário De Sterkhouders, no site oficial do clube.

"Agora, vamos iniciar conversas com a KNVB para garantir que o Vitesse e seus envolvidos tomem as decisões corretas", completou.
Nos últimos meses, o Vitesse afirmou que trabalhou para garantir a sustentabilidade e a recuperação do clube após anos de má gestão. Em breve, a diretoria nomeará um novo conselho fiscal independente e já iniciou o processo para concluir a investigação sobre possíveis novos acionistas, conduzida por uma empresa externa.
Desde o início da temporada, o Vitesse deixou de disputar partidas contra Almere City, FC Den Bosch, ADO Den Haag e De Graafschap. O próximo jogo previsto será fora de casa, contra o Jong AZ, na sexta-feira, 12 de setembro.
Meses de incerteza
Após a comissão independente da KNVB revogar provisoriamente a licença do Vitesse em junho, a federação de futebol oficializou a revogação da licença em julho, alegando que o clube "evadiu sistematicamente o sistema de licenciamento" nos anos anteriores.
O relatório da comissão apontou que “houve um padrão de engano, burla e enfraquecimento do sistema de licenciamento ao longo de vários anos, além de falta de transparência." O documento considerou justificada a revogação da licença do clube.

Em uma tentativa de salvar o futuro do clube, o Vitesse decidiu levar o caso ao tribunal civil, onde o juiz avaliaria se a KNVB agiu de forma justa e criteriosa ao revogar a licença do Vitesse. Durante o processo de tutela antecipada, o juiz decidiu a favor da KNVB, afirmando que a federação aplicou corretamente as regras de licenciamento.