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Quais são as favoritas para a Eurocopa Feminina de 2025?

Espanha e Inglaterra são as grandes favoritas para a Eurocopa
Espanha e Inglaterra são as grandes favoritas para a EurocopaDavid Ramos/Getty Images
Depois dos Jogos Olímpicos, em que os Estados Unidos foram campeões em uma final contra o Brasil, o futebol europeu estará ansioso para mostrar que ainda está na elite do esporte.

E as favoritas, Espanha, eliminada pelo Brasil nas semifinais em Paris, Inglaterra e Alemanha, que não se classificaram para as Olimpíadas, têm uma grande oportunidade de se vingar na Eurocopa Feminina, que começou nesta quarta-feira (2), na Suíça. 

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Inglaterra vai em busca da dobradinha

Detentoras do título após uma Eurocopa bem-sucedida em casa, em 2022, as Lionesses não conseguiram levantar uma nova taça desde então. A seleção inglesa chegou à final da Copa do Mundo no ano seguinte, mas enfrentou dificuldades desde então.

As inglesas não se classificaram para o Final Four da Liga das Nações e, portanto, também não foram para os últimos Jogos Olímpicos, onde a equipe deveria ter competido sob a bandeira do Reino Unido.

O impulso dado ao futebol feminino inglês pela vitória na Euro permitiu que a Inglaterra visse surgir novos talentos, como Hannah Hampton e, mais recentemente, Michelle Agyemang. Mas algumas dúvidas foram levantadas por resultados surpreendentes na Liga das Nações: um empate com Portugal (1 a 1), uma derrota para a Bélgica (3 a 2) e outra para a Espanha (2 a 1) em junho.

Sarina Wiegman experimentou um 4-1-4-1 contra a África do Sul, um 3-1-4-2 contra a Suíça, antes de introduzir um 4-2-3-1, mais ou menos dependente das individualidades. Nesse meio tempo, várias jogadoras veteranas que estavam presentes em 2022 deixaram a equipe após serem rebaixadas na hierarquia: Mary Earps, Millie Bright e Fran Kirby.

Mas a Inglaterra continua a ser a equipe mais completa no papel neste Campeonato Europeu, com jogadoras com todas as habilidades capazes de fazer a diferença, mesmo do banco de reservas.

Espanha: um outro Barcelona para ganhar tudo?

Depois de ser coroada campeã mundial em 2023 e vencer a Liga das Nações, parecia que não haveria como parar a Espanha, que também se livrou do ex-técnico Jorge Vilda depois que Luis Rubiales assediou Jenni Hermoso. No entanto, La Roja caiu inexplicavelmente para o Brasil nas semifinais dos Jogos Olímpicos, depois de vencer a Colômbia nos pênaltis na rodada anterior.

Surgiram as primeiras dúvidas sobre o estilo de jogo do país, que não necessariamente melhorou desde que Montse Tomé, ex-assistente de Vilda, assumiu o comando. E, assim como em 2023, foi com uma base de jogadoras treinadas pelo Barcelona que a Roja reviveu. A equipe sofreu apenas uma derrota desde Paris 2024, contra a Inglaterra em fevereiro passado (1 a 0).

Como símbolo dessa melhora, a Espanha venceu o Japão por 3 a 1 antes de ir para a Suíça, país que a derrotou por 4 a 0 na fase de grupos da última Copa do Mundo. Tudo isso com sete jogadoras das 11 que atualmente jogam pelos Culés, sendo que Vicky López substituiu Aitana Bonmati no meio-campo depois de uma meningite.

Uma estrutura e princípios de jogo tranquilizadores para La Roja, que também pode contar com a boa forma de Claudia Pina, que marcou quatro gols e deu duas assistências nos últimos cinco jogos pela Espanha.

Alemanha, uma equipe rejuvenescida em busca de garantias

A equipe de Christian Wuck está invicta na Liga das Nações, com cinco vitórias e apenas um empate contra a Holanda (2 a 2). Mas também vem de uma eliminação precoce na fase de grupos da Copa do Mundo de 2023, um terceiro lugar nos Jogos Olímpicos e uma derrota na final da última Euro. 

Horst Hrubesch assumiu o cargo de Martina Voss-Tecklenburg, que revelou após o fracasso da Copa do Mundo que estava sofrendo de depressão e ataques de pânico. Desde então, Wuck assumiu as rédeas da equipe em março de 2024, com alguns choques: uma derrota contra a Austrália em um amistoso e outra contra a Itália - duas nações classificadas em posições inferiores pela FIFA.

Mas o técnico também reformulou significativamente a equipe, após as aposentadorias de Merle Frohms, Svenja Huth, Marina Hegering e Alexandra Popp. Ainda com o 4-2-3-1, Wuck mudou a goleira e deu as luvas de volta para Ann-Katrin Berger e a dupla de zaga Doorsoun-Linder foi substituída pelas jovens Rebecca Knaak e Janina Minge.

Enquanto isso, Selina Cerci e Jule Brand ganharam um lugar no onze inicial ao lado de Laura Freigang e Lea Schuller, a número nove designada para suceder a formidável Popp. No entanto, essa equipe amplamente renovada ainda precisa provar o que vale, já que a última participação das alemãs na Copa do Mundo terminou com a eliminação na fase de grupos.

Grandes candidatas

Embora essas três nações estejam entre as favoritas, a França também poderia estar entre as favoritas. Há duas visões opostas entre as Bleus: a do técnico Laurent Bonadei, que vê sua equipe como "desafiadora" nesse Campeonato Europeu, e a de algumas jogadoras, como Kelly Gago e Grace Geyoro, que assumiram o status de "favoritas".

Mas sem ter vencido ainda, a França só pode se apoiar em uma série de oito vitórias. A Suécia também terá algo a dizer na Suíça, depois de uma campanha invicta na Liga das Nações e um hábito de se apresentar em grandes eventos. Resta saber se poderão contar com Fridolina Rolfo.

A Holanda terá tudo para se recuperar nesta Eurocopa: depois de vencer a Euro 2017, a Laranja Mecânica teve dificuldades para progredir, já que a Alemanha recentemente a goleou por 4 a 0. O fator X pode ser Viviane Miedema, que quase não jogou durante toda a temporada devido a uma lesão, mas está voltando à forma no último minuto para esta Euro.