Na manhã desta quinta, a Polícia também realizou buscas nos escritórios da federação de futebol do país, em Madri, como parte da investigação sobre "possível corrupção sistêmica" no comitê de arbitragem.
A investigação foi ampliada para incluir o Barcelona como suspeito.
"Por dedução lógica, os pagamentos feitos pelo FC Barcelona satisfaziam os interesses do clube. O crime de suborno foi consumado quando o pagamento foi feito, quer a corrupção sistêmica da arbitragem espanhola seja ou não demonstrada como resultado de tais pagamentos", concluiu o juiz do caso em seu despacho desta semana.
Os ex-presidentes do Barça Josep Maria Bartomeu e Sandro Rosell também estão sendo acusados.
Entenda o caso
Em março deste ano, promotores apresentaram uma denúncia por supostos pagamentos de mais de 7,3 milhões de euros ao longo de 17 anos a empresas de propriedade de José María Enríquez Negreira, que foi vice-presidente do comitê de arbitragem da federação espanhola de 1993 a 2018.
De acordo com o juiz do caso, Negreira era responsável por classificar e avaliar os árbitros.
No entanto, até o início de setembro, não foram apresentadas evidências de que Negreira tenha pago árbitros para influenciar os resultados das partidas.
O Barcelona negou qualquer irregularidade, afirmando que havia pago um consultor externo que lhe fornecia "relatórios técnicos relacionados à arbitragem profissional", o que, segundo o clube, era uma prática comum entre os clubes.