A partida foi movimentada dentro e fora de campo, com problemas no VAR - que acabaram sendo relevantes quando o árbitro Mateo Busquets marcou pênalti em Lamine Yamal - e protestos da torcida do Rayo Vallecano contra o presidente Raúl Martín Presa.
O Barcelona havia vencido as duas primeiras rodadas, contra Mallorca e Levante, mas estacionou em sete pontos. Receberá o Valencia depois da Data FIFA de setembro. O Rayo chegou a quatro pontos e enfrentará o Osasuna.
Lamine Yamal começa voando
O Barcelona teve dificuldades no primeiro tempo. Criou duas chances com Raphinha e Lamine Yamal nos minutos iniciais, mas demorou quase meia hora para ter outra situação de perigo, quando Raphinha recebeu ótimo passe de Eric García e cruzou errado para Ferran Torres.
Enquanto isso, os donos da casa conseguiram ser perigosos, principalmente com o capitão Isi Palazón. De repente, Yamal invadiu a área, deu um drible em Josep Chavarría e outro em Álvaro García. Ele perdeu um pouco o controle da bola, Chavarría se recuperou e tomou a frente, dando um toque em Yamal que o árbitro considerou suficiente para marcar pênalti.
Houve problemas de conexão entre Vallecas e a sala do VAR no começo da partida e, segundo o jornal espanhol Marca, Busquets não tinha acesso às imagens no monitor de campo para conferir o lance. O pênalti foi cobrado por Yamal, que chegou a cinco participações diretas em gol em três rodadas (dois gols e três assistências).
Rayo não desiste
O Rayo, porém, não desistiu. Também teve mais ações ofensivas no segundo tempo. Até aumentou sua taxa de posse de bola, enquanto o Barcelona deixava escapar chances razoáveis de matar a partida em contra-ataques.
Aos 22 minutos, Fran Pérez apareceu completamente livre na segunda trave para completar um escanteio e arrancar o empate. O Rayo teve dois gols anulados e criou uma oportunidade de ouro para virar, quando Pazalón lançou De Frutos nas costas da defesa, mas Joan García fez uma das suas muitas defesas cruciais no jogo.
Protesto silencioso
Doze peñas (nome dado a grupos de torcedores na Espanha) do Rayo Vallecano assinaram um comunicado publicado no último sábado informando que não torceriam como normalmente fazem para tornar o estádio de Vallecas um dos mais quentes do país.
O motivo, segundo eles, é o “mais absoluto abandono institucional que preside a entidade”. Eles se referem ao presidente Raúl Martín Presa. Entre as queixas, estão o aumento do preço dos carnês de temporada e o estado da infraestrutura do clube, principalmente do estádio.
Presa rebateu que a insatisfação é apenas dos Bukaneros, a mais famosa peña do Rayo Vallecano. Inclusive os acusou de estarem extorquindo as outras peñas. “Eles estão tentando extorquir dinheiro do clube. Impedir que o Rayo obtenha receitas dos carnês de temporada da Conference ou outras fontes. Estamos considerando entrar com uma queixa criminal”, afirmou.
