Embora as equipes que participaram da Copa do Mundo de Clubes tenham tido o próprio período de transferências antecipado, o mercado começou no dia 1º de julho a nível geral. Nas primeiras três semanas, ficou mais uma vez evidente que a Premier League continua a dispor de muito mais recursos do que as outras ligas europeias.
Acompanhe as notícias do mercado da bola
Enquanto isso, LaLiga continua a ter dificuldade de realizar grandes contratações fora dos gigantes Real Madrid e Atlético de Madrid. O fato é que a primeira divisão inglesa já gastou quase três vezes mais do que a Serie A italiana, o seu concorrente mais direto, em contratações.
Mais concretamente, os clubes britânicos estão muito perto de atingir os 2 bilhões de euros em despesas, sem sequer terem chegado a 1 bilhão em receitas de vendas de jogadores. Liverpool e Chelsea lideram a lista dos clubes que mais investiram neste mercado.
Quando se confirmar a chegada de Hugo Ekitike a Anfield por 95 milhões de euros, os Reds atingirão a marca dos 300 milhões em contratações, com destaque também para a contratação de Florian Wirtz, por 125 milhões de euros.
Fora das fronteiras britânicas, o único clube que consegue, ainda que de longe, acompanhar este ritmo é o Real Madrid. Os merengues ficam em terceiro lugar do ranking global, com um investimento perto dos 170 milhões de euros. Esse valor permitiu ao time garantir as contratações de Trent Alexander-Arnold, Franco Mastantuono, Dean Huijsen e Álvaro Carreras.
LaLiga desaba
O bom momento econômico do Real Madrid, que apresentou recentemente um lucro em 2024/25 com resultados históricos, não tem reflexo no restante panorama de LaLiga. Prova disso é que o campeonato espanhol ocupa apenas o quarto lugar entre os cinco principais campeonatos europeus em termos de investimento no mercado, à frente apenas da Ligue 1 francesa.
Real Madrid e Atlético de Madrid, este último com pouco mais de 100 milhões de euros gastos, são os que sustentam os números de uma liga que, no total, mal chegou aos 380 milhões de euros investidos. O Barcelona, com os conhecidos problemas para atingir a regra do fair play financeiro 1:1, limitou-se a gastar 25 milhões de euros para garantir Joan García.
O cenário na França é ainda mais destoante. A Ligue 1 é a única das cinco grandes ligas europeias que apresenta um saldo positivo entre compras e vendas. Os clubes franceses gastaram cerca de 190 milhões de euros em reforços e venderam jogadores por aproximadamente 380 milhões de euros.
Esta situação põe em evidência a preocupação com a desvalorização do futebol, que há anos não consegue sequer encontrar um acordo vantajoso para a venda dos direitos televisivos.
A Bundesliga, que historicamente tem uma boa saúde econômica, é a terceira do ranking e já se aproxima dos 500 milhões em gastos com transferências, com o Bayer Leverkusen (mais de 100 milhões) a liderar as operações.
Como não podia deixar de ser, seis das 10 equipes com maior gasto até o momento são da Premier League (Liverpool, Chelsea, Manchester City, Tottenham, Arsenal e Sunderland). As demais são Real Madrid, Atlético, Leverkusen e, surpreendentemente, o Como, da Itália, em 10º lugar.