Kylian Mbappé chegou ao Real Madrid no meio de 2024, mas só assumiu de vez o papel de líder do elenco merengue com plenos poderes um ano depois. Sua importância é muito maior do que na temporada 2024/25 e ele tem mostrado isso, principalmente, com gols.
Durante o primeiro ano do francês no Bernabéu, Carlo Ancelotti soube administrar a situação para que as estrelas do passado não se sentissem incomodadas com sua chegada. O técnico italiano até conseguiu segurar as pontas, mas nos últimos meses de sua passagem pela capital espanhola tudo começou a desmoronar.
Agora, com o início da campanha 2025/26, Xabi Alonso precisa lidar com uma situação que está cada vez mais próxima de se tornar insustentável, com um vestiário descontrolado e vários problemas difíceis de resolver.
Mas acima de tudo, o caso que mais preocupa é o de Vinicius Jr. O clube não consegue chegar a um acordo para renovar com o atacante da Seleção Brasileira e suas manifestações públicas de insatisfação por perder espaço para Mbappé são constantes, gerando muita tensão com o treinador basco.
Vinicius tem motivos para reclamar?
A posição do ponta é clara: ele quer jogar todas as partidas e acredita que Xabi está tirando sua chance com tantas substituições. Por isso, em vários momentos, parece que ele tentou desafiar tanto o técnico quanto o clube.
Isso nos leva a uma pergunta: será que Vinicius realmente tem razão para protestar pela sua situação? Pode parecer uma questão difícil, mas fica mais simples se olharmos apenas para os números frios.
Desde a chegada do novo treinador ao clube, o camisa 7, contando a Copa do Mundo de Clubes, teve praticamente o mesmo tempo de jogo que Mbappé: 2.241 minutos em 30 partidas contra 2.246 em 27 jogos do francês.
Só isso já começa a desmontar o argumento de Vini, mas tudo desmorona de vez quando olhamos para sua contribuição em gols. Enquanto o francês marcou 30 gols desde o Mundial, Vini fez apenas seis, cinco vezes menos.
O que acaba salvando um pouco os números do camisa 7 da Seleção são suas participações em gols, já que as nove assistências elevam seu total para 15 participações diretas em gols, contra 34 do companheiro.
Mudança de papel justificada
Se olharmos para os números, não é exagero dizer que o descontentamento de Vinicius é difícil de justificar. Ele contribui bem menos do que há algumas temporadas e, além disso, o novo líder do Real Madrid já o superou.
Estamos falando de um ponta-esquerda que passou de comandar o time na conquista da 15ª Champions League em 2024 e brigar pelo prêmio de melhor do mundo, para ter um papel secundário e ser mais lembrado pelas polêmicas do que pelo futebol.
