Na vitória contra o Real Oviedo (3 a 0), no domingo (24), Xabi tomou uma decisão que o antecessor, Carlo Ancelotti, se recusou a executar na última temporada, na qual a equipe conquistou apenas pequenos troféus. O técnico deixou Vini no banco de reservas.
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A decisão não agradou o atacante brasileiro, mais uma vez no centro das atenções pelo comportamento, que será analisado no sábado (30), no Santiago Bernabéu, contra o Mallorca, na terceira rodada do Campeonato Espanhol.
"No futebol, é preciso entender as coisas, as decisões são tomadas com a equipe em mente. Hoje (domingo) foi assim", disse Alonso sobre a substituição de Vini.
O jogador entrou em campo aos 18 minutos do segundo tempo, momento em que foi vaiado no estádio Carlos Tartiere, assim como toda vez que tocava na bola. Uma vez em campo, Vinicius simulou um pênalti que lhe rendeu um cartão amarelo, pouco antes de roubar a bola e dar o passe para o gol de Kylian Mbappé (2 a 0).
Mas, em vez de comemorar, o ponta revidou as ofensas verbais que teria recebido dos torcedores asturianos, que também atiraram uma garrafa contra o jogador. Mbappé teve que cobrir a boca do companheiro de equipe para evitar uma possível expulsão. Mas o confronto continuou.
Vinicius marcou o terceiro gol do Real, que o próprio jogador comemorou com o gesto de descer para a Segunda com os dedos, o que não agradou as arquibancadas. Após a vitória, o brasileiro reagiu com uma mensagem nas redes sociais, acompanhada de uma imagem comemorando o gol: "Eu sou assim".
A reivindicação de Rodygo
A substituição do camisa 7 em detrimento do compatriota Rodrygo - nenhum dos dois convocado por Ancelotti para jogar pelo Brasil nas próximas partidas - foi o primeiro aviso de Alonso. O "Rayo" estava na porta de saída, mas decidiu ficar e lutar por uma vaga de titular na ponta esquerda, sua posição natural e aquela em que se sente mais útil.
Resta saber se o atacante conseguirá convencer o técnico de seu valor e roubar minutos de um Vini cuja atitude está começando a cansar a diretoria do Real Madrid.