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Estádio San Siro será demolido após aprovação de venda para Milan e Inter

Estádio San Siro será demolido após aprovação de venda para Milan e Inter
Estádio San Siro será demolido após aprovação de venda para Milan e InterStefano RELLANDINI / AFP / AFP / Profimedia

O estádio San Siro, um dos mais famosos do mundo, será demolido depois que a Prefeitura de Milão aprovou nesta terça-feira (30) sua venda aos dois principais times da cidade italiana: Inter e Milan.

Os clubes haviam ameaçado abandonar a cidade se a venda não fosse aprovada.

Após mais de 11 horas de debate na Prefeitura, a venda foi aprovada por 24 votos contra 20, por 197 milhões de euros (231 milhões de dólares, 1,23 bilhão de reais).

Os dois clubes da capital da Lombardia publicaram um comunicado conjunto para celebrar a decisão municipal, que representa "um avanço histórico e decisivo para o futuro dos clubes e da cidade".

Inter e Milan reiteraram a ambição de construir "um estádio de nível mundial destinado a se tornar um novo ícone arquitetônico para Milão e um símbolo da paixão dos torcedores em todo o mundo".

Com a decisão, a capital econômica da Itália decidiu que Inter e Milan serão os proprietários do estádio emblemático e dos terrenos adjacentes.

Os dois clubes, ambos de propriedade de fundos de investimento americanos, e o prefeito de Milão, Giuseppe Sala, conseguiram o que buscavam após anos de incerteza a respeito do projeto avaliado em 1,2 bilhão de euros (1,41 bilhão de dólares, 7,5 bilhões de reais).

Os clubes apresentaram a proposta de compra do estádio em março. Um projeto anterior, no qual o terreno continuaria sendo público, foi abandonado em 2023.

Se a venda for concretizada antes de 10 de novembro - quando entra em vigor uma ordem de proteção aos edifícios públicos que impediria a demolição do San Siro - Inter e Milan assumirão o controle de mais de 28 hectares de terrenos públicos em uma área densamente povoada em um subúrbio na zona oeste de Milão.

O novo San Siro, com capacidade para 71.500 torcedores, deverá ser inaugurado em 2031. Em seguida, o atual estádio, o maior da Itália, com capacidade para 75.000 espectadores, será demolido.

A venda foi aprovada pelo município graças à abstenção dos vereadores do partido de direita 'Forza Italia', fundado pelo falecido ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, que foi proprietário do Milan.

Os partidos de extrema direita Liga e 'Fratelli d'Italia' votaram contra a proposta, assim como alguns vereadores da maioria de esquerda que apoia o governo local de Sala.