O que Chelsea e Barcelona tiram do 3 a 0 na Liga dos Campeões?

Três lições tiradas da vitória do Chelsea sobre o Barcelona
Três lições tiradas da vitória do Chelsea sobre o BarcelonaNews Images, News Images LTD / Alamy / Profimedia

A vitória do Chelsea por 3 a 0 sobre o Barcelona em Stamford Bridge, na terça-feira (25), entra para a história como uma das melhores noites do clube na Liga dos Campeões, não só pelo placar (3 a 0), mas também pela atuação. Por melhor que tenha sido o Chelsea, o Barcelona esteve igualmente mal.

A linha alta deixou o time sempre vulnerável e a expulsão de Ronald Araújo acabou com qualquer chance de reação para o time de Hansi Flick, que não soube lidar com a intensidade de um adversário da Premier League.

Confira a classificação da Champions

Então, aqui estão três lições tiradas desse confronto fascinante, começando com a imparável joia brasileira.

Estêvão vence o duelo de promessas

Toda a expectativa antes do jogo era sobre Lamine Yamal e o ex-Palmeiras. Ambos com 18 anos e um talento fora do comum, mas só um saiu da partida com status de estrela — e não foi o vice da Bola de Ouro.

Enquanto Yamal ficou apagado depois de um início promissor nos primeiros 15 minutos, Estêvão roubou a cena ao marcar o segundo gol do clube, ao estilo Eden Hazard, e praticamente garantir a vitória memorável para os londrinos.

As comparações com a rivalidade Lionel Messi e Cristiano Ronaldo já começaram, o que era inevitável. Mas, na verdade, são comparações forçadas — o melhor é curtir dois jovens realizando seus sonhos, e certamente teremos muitas oportunidades de vê-los frente a frente novamente em breve. Estêvão pode ter vencido esse duelo, mas a guerra ainda está só começando.

Isso aqui não é LaLiga

A diferença de qualidade entre a elite espanhola e o futebol inglês nunca foi tão grande. Barcelona e Real Madrid ainda costumam levar a melhor, mas somando isso à vitória do Liverpool sobre o time de Xabi Alonso, a situação não é das melhores.

Desde o primeiro minuto, o Barcelona não conseguiu acompanhar a intensidade do Chelsea. O time de Enzo Maresca era mais preparado fisicamente, mais rápido, ganhava todas as segundas bolas, enquanto Lamine Yamal e companhia olhavam para o árbitro, esperando falta a cada contato.

Em LaLiga, a maioria dessas faltas provavelmente seria marcada, mas na Champions não é assim. O Chelsea ainda cometeu mais faltas, 18 contra 12 dos Culés, mas pelo jeito que o time de Flick reclamava, parecia que queriam ver esse número dobrar.

Os Blues chegaram para o jogo muito mais preparados que o adversário. Talvez tenha sido excesso de confiança, ou outro motivo, mas de qualquer forma, os catalães precisam se ajustar na próxima vez que enfrentarem um time da Premier League.

Uma atuação de gala de Marc Cucurella

Cucurella é o melhor lateral-esquerdo do mundo no momento? Se depender do que mostrou na terça-feira, sim. O jogador que irrita qualquer adversário anulou Yamal e ainda apareceu na ponta direita, praticamente dando a assistência para o primeiro gol do Chelsea.

Cucurella venceu mais duelos (10), ganhou cinco desarmes e fez quatro recuperações durante sua atuação de melhor em campo. O ex-jogador de La Masia foi peça central em tudo de bom que o Chelsea fez.

Robert Sánchez resumiu bem após a partida: “Cucurella colocou Lamine Yamal no bolso.”

Com jogos importantes chegando para o Chelsea no fim do ano, ter o lateral espanhol em grande fase será um reforço enorme.