O holandês recebeu a difícil missão de suceder Jurgen Klopp, um técnico amplamente querido por jogadores, funcionários e torcedores, além de respeitado por seus colegas de profissão.
Confira a classificação da Premier League
Merecidamente, Slot rapidamente assumiu o comando e deixou claro que a diretoria dos Reds acertou mais uma vez. No entanto, atualmente, os torcedores do Liverpool estão enfrentando uma temporada 2025/26 mais do que ruim.
O Liverpool ocupa a 10ª posição na Premier League, 10 pontos atrás do líder Arsenal, e tanto marcou, quanto sofreu 24 gols na campanha atual. Isso é apenas 17 a menos do que o total de gols sofridos em toda a temporada 2024/25.
As lesões e a queda de campanha de jogadores importantes não ajudaram, e o clube certamente não precisava do desabafo de Mohamed Salah recentemente, quando sugeriu que havia sido "jogado aos leões" pelo clube. Por conta desse desabafo, o Rei Egípcio ficou fora do elenco na viagem ao San Siro para enfrentar o vice-campeão da Champions 2024/25, a Inter de Milão.
Szoboszlai decide na Itália
Em um jogo bastante equilibrado, a partida foi decidida nos minutos finais pelo meio-campista Dominik Szoboszlai, que converteu um pênalti aos 43 minutos do segundo tempo.
O gol foi o mais tardio da história do Liverpool fora de casa na Liga dos Campeões, e o segundo pênalti mais tardio que garantiu vitória na competição, atrás apenas de Steven Gerrard em setembro de 2014 (aos 2 minutos do acréscimo do segundo tempo contra o Ludogorets).
Ninguém deveria se surpreender que Szoboszlai tenha assumido a responsabilidade, já que o jogador tem sido, sem dúvida, o jogador mais importante dos Reds nesta temporada.
Esse foi o 3º gol do meia na competição, mais do que qualquer outro companheiro, o que também garantiu ao húngaro o 3º lugar em participações diretas em gols na Champions. Cinco gols e cinco assistências em todas as competições podem não parecer muito, mas ele ainda foi diretamente responsável por mais gols do que qualquer outro jogador do Liverpool na campanha.
Intensidade e entrega
Além disso, a importância de alguns desses gols não pode ser subestimada. Por exemplo, quem esquece a falta que Szoboszlai marcou contra o Arsenal no início da temporada, que rendeu aos Gunners uma das únicas duas derrotas até agora em 25/26? Mais do que os gols, sua entrega e disposição para atuar onde o técnico pede merecem destaque.
Já em 25/26, o meio-campista dinâmico atuou como volante, meia ofensivo e meia defensivo, além de ocupar todas as posições pelo lado direito — lateral-direito, meio-campo direito e ponta-direita — sempre que solicitado.
Só na Champions League, o húngaro acertou 363 passes de 400 tentados, atingindo uma excelente taxa de acerto de 90,8%. Foram 17 passes decisivos na competição, além de 80% de aproveitamento nos passes longos, definidos como passes de 18 metros ou mais. Em todas as competições, sua contribuição é ainda mais evidente.
Presente em todos os setores
Szoboszlai recuperou a posse de bola para o Liverpool 68 vezes no terço central do campo e outras 13 vezes no terço final, além de realizar 1.491 passes de posse para ajudar o time a avançar. Destes, 498 foram para o terço final, com aproveitamento de 88,1% só nessa área do campo.
Dos seus 35 dribles totais, 23 foram no campo adversário, e dos 363 conduções de bola, 197 foram progressivas, mostrando como o meio-campista gosta de jogar sempre avançando. O húngaro também criou nove chances, mas se há um ponto a melhorar, seria nos cruzamentos.
Dos 49 cruzamentos tentados em 25/26, 36 não encontraram o alvo, embora se possa dizer que esse nunca foi seu ponto forte.
Quem acompanha futebol está acostumado a ver Szoboszlai avançando contra as defesas adversárias e usando seu porte físico para invadir o campo rival antes de tocar para um companheiro — algo que fez com sucesso em 29 ocasiões — ou partir para cima do marcador e finalizar.
Dos 22 chutes certos, 17 foram de fora da área, e os adversários já sabem que o meia não hesita em arriscar de longe. Na defesa, venceu 26 dos 38 desarmes tentados, então Szoboszlai pode manter a cabeça erguida mesmo nesta campanha difícil. Não é exagero dizer que, na verdade, é o camisa 8 quem está carregando o Liverpool neste momento.
